sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Frase da Semana

  
 
Better to write for yourself and have no public, than to write for the public and have no self. Cyril Connolly (1903 - 1974)   
 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRavUPrjgFIYwsFfZguzmDqgTnSwpRDITk8tlI3D6VaZNnROZGx_4MKvi-9IPzEDeHRCwfojngWOAlEQEzGWKwxwtJeHaec5sShQgoilTKDX9M38eNsZ0Zd3Q10F6XO8kUPZsSAJookPio/s1600/6a00d83451f25369e20120a6a987fd970c-800wi.jpg

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Pobres Burros e Ricos alucinados


Boa noite a todos,


Boris Johnson, atual mayor de Londres, teceu umas considerações quanto a pessoas de classe baixa, que considerei muito interessante:

“Temo que a violenta [competição] económica devoradora afete seres humanos que nas suas capacidades básicas estão já muito longe da igualdade”

Traduzindo isto para português, significa que indivíduos de Q.I inferior são caça fácil para este mundo redigido pelo dinheiro, poder e fama. É interessante verificar que este senhor considera que gente dita “burra” é a principal causa do fosso que existe entre ricos e pessoas menos afortunadas.
Como podem imaginar achei que um individuo de baixa classe como eu e com um Q.I provavelmente baixo, deveria deixar uma mensagem de apresso a este cavalheiro de grande elegância e educação:





Exmo. Mayor de Londres, Boris Johnson,

Recentemente lançou um parecer seu, em relação a enorme discrepância que existe entre as diferentes classes sociais, louvando o poder dos mais ricos e, muito disfarçadamente, rebaixando os mais pobres. Custa me perceber como um senhor de grandes estudos (Harvard), é capaz de dizer algo tão absurdo e ofensivo em relação a espécie (conceito biológico) a que a senhor faz parte. Eu pertenço a classe a que senhor chama de pobre, e devo dizer-lhe que muitas vezes quando vejo indivíduos afortunados a irem todas as férias a Miami, comprarem/exibirem carros de grande cilindrada porque sim, pagarem aos seus filhos para demoram entre 6-10 anos para fazer uma licenciatura de 3 anos, oferecerem prendas sempre que eles passam um ano escolar, entre outros luxos, não tenho muita vontade de “celebrar o sucesso dos ricos”. Bom, não creio que o senhor tem noção da realidade (opta por não ter), o que acontece neste mundo de tubarões verdes abrasonados, é que para poder ser o “melhor” á que bater concorrência e para se manter no top tem de se manter a concorrência cá em baixo. E como mantemos os coitadinhos cá em baixo? Bullying ora mais, pessoas com poucos estudos são manipuladas a trabalhar com ordenados diminutos e a alimentar se de o que é apenas o mais essencial. O senhor no seu vasto conhecimento deve saber que os acontecimentos não são momentos pontuais, funcionam em cascata ou em ciclo. Pessoas pobres que têm pouco dinheiro são pouco aliteradas e, por ventura, terão filhos com o mesmo problema. Mas inteligência não se fixa apenas nos estudos, depende de carácter, curiosidade, orgulho, motivação e crença, e garanto-lhe que existe muitas mais pessoas com estas qualidades do que as tais 2% de Q.I 130. E estas qualidades batem qualquer Q.I acima da média, quem é trabalhador e lutador no final da sua pauta o 20 tornasse um número apenas, sem qualquer sentido qualitativo. Quem tentar lutar pelo seu futuro e pelo bem da sociedade muitas vezes é rebaixado e perseguido por esses Q.I´s, inteligência? Eu diria medo, noção que qualquer pessoa que tenha a crença e a garra poderá fazer frente a qualquer afortunado que se gaba de saber fazer contas de elevados dígitos em meros segundos ou que se lembra do que comeu no dia 13 de Janeiro de 1984.


Despeço-me educadamente e espero que o seu Q.I o ajude analisar o quão ilógicas e ignorantes foram as suas declarações.
Melhores considerações
Barbas





quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Erro Amado




Boa noite caros bloggers, amigos, leitores, simpatizantes:


  Aqui estamos nós em mais um ano, novos desafios irão surgir e testes ao nosso caracter irão fortalecer-nos como homens/mulheres.

  Mesmo com a perspetiva de um ano melhor, seria um erro ignorar os anos anteriores, pois aprendizagem é isso mesmo, aprender com o erro e inovarmo-nos. Porque teremos medo do erro? O erro tem um efeito inibidor sobre nós que muitas vezes custa a compreender, é como se fossemos inferiores sempre que cometêssemos a falácia de fazer algo que não deveríamos, seja por desconhecimento ou por incapacidade mesmo.




  E por experiência própria, reconheço o frustrante que é trabalhar com alguém que se considera superior a nós no que faz e que acha que só por ser óbvio para ele, como as coisas devem ser feitas, também deveria ser óbvio para nós. Sentimos sempre a necessidade de não errar e tentar fazer o mais perfeito possível, o que muitas vezes não acontece, podendo mesmo levar a situações de elevado stress. Situações destas podem criar discussões e mesmo a rejeição da outra pessoa, quem quer trabalhar com alguém assim, certo?


  Lá no fundo todos sabemos que o erro não é algo mau, monstruoso ou até diabólico, é apenas um mecanismo que permite que sejamos melhor do que eramos anteriormente. Acham que os nossos ancestrais primatas eram perfeitos? Claro que não, não se esqueçam que a nossa espécie sofreu milhões de anos de evolução, desde a nossa Lucy (Lucy in the sky with diamonds - The Beatles) até chegar a nós, o Homem Sábio (Homo sapiens sapiens). Muita dessa evolução passou pelos instrumentos de caça, primeiro simples pedras de arremesso, mas que depois foram variando de formas e feitios, até formarem lâminas dilacerantes, que permitiam uma caça altamente rentável.





  Errar torna-nos melhores, mais maduros e impede-nos de repetir os mesmos erros ou fazer outros ainda piores. Se estão a pensar, “então e a corrupção em Portugal?”, eu diria que o erro é mais nosso do que os políticos, empresários ou banqueiros. Foi o nosso erro de acharmos que sabemos sempre tudo e que podemos confiar em tudo que tenha gravata só porque frequentou Harvard ou Stanford. E creio que a geração passada ainda não aprendeu com os erros.


  Terminando, façam uma reflexão de como foi o vosso ano anterior e pensem o que querem/podem mudar este ano, pois barco que anda á deriva acaba sempre por ir ao fundo.








quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Terças- Feiras Sonoras



Intro (Prelude)
Boa noite malta!

Hoje a Moustache vai introduzir uma rúbrica mais soft, em que vai desabafar e vomitar o seu conhecimento musical para poder compartilha-lo com alguém que também aprecie música.

Como sou apreciadora de música resolvi descarregar a minha, a minha nem sei muito bem como definir, só que a pouco os meus ouvidos foram  brutalmente feridos, por uma espécie de ruído a que chamam de música interpretada por uma tipa que pelos vistos foi concorrente do SS4 em dueto com um "artista" de qualidade duvidosa conhecido por Canuco Zumby.

 Ora bem eu como sou curiosa, abri o link no youtube e até ouvir alguma coisa que se assemelhasse a música fiquei aterrorizada, Medo!!!
A batida era qualquer coisa que o meu irmão pequeno seria capaz de fazer no teclado que tem aqui em casa, e a letra epah extremamente profunda, "Não tira a minha xuxa, eh uheh!" Uau!! Notável diria eu, algo que faz com a que alma chore, mas de tortura!

Sinceramente pensei que o fenómeno "vida loka" da Fanny tinha acabado e que nada podia ser pior que aquilo, pelos vistos há sempre a possibilidade de piorar. Confirma-se que que hoje em dia não é preciso talento para se gravar um single basta ter algum dinheiro, entrar num reality show ter bom gosto pimbax et voila lança-se para o mundo uma "estrela" Já que o factor talento é muito mainstream.


Mas para atenuar um bocado a fraca qualidade musical que mencionei, vou apresentar-vos a minha playlist da semana,  com alguns artistas/bandas que descobri na primeira semana do ano:




segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O Parecer do 1º dia de Luto pelo Rei

Hoje a Moustache estava a preparar-se para sair de casa para o regresso de mais um período de aulas, enquanto isso tinha a TV ligada a dar o noticiário.

Estavam a fazer reportagem de uma das várias homenagens de pessoas próximas a Eusébio e seus admiradores. Curiosamente até um conterrâneo meu daqui de Viana do Castelo fez questão de se levantar cedo, fazer viagem com chuva torrencial até Famalicão para poder prestar a sua homenagem no livro de condolências.

Mas não foi isto que me fez emocionar, foi verificar as expressões de dor e tristeza profunda nos rostos de todos os seus entes queridos. E como tal não consegui estar indiferente, era como se estivesse a sentir uma pequena percentagem, de sofrimento.

Mas como a Moustache tinha um autocarro para apanhar, teve que se recompor, é isso que também é preciso. Ter força para continuar o seu legado, já que a memória do Rei jamais será esquecida.

Viana do Castelo também prestou a sua homenagem colocando a bandeira nacional a meia haste nos  Paços do Concelho na Praça da Républica.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Obrigado Amigo Eusébio

 

Hoje, 5 de Janeiro 2014, um símbolo português desapareceu do nosso mundo terreno. O Pantera Negra é (não digo foi) um brasão do Sport Lisboa e Benfica e uma referência Portugal por todo o mundo, onde agora se grita Cristiano Ronaldo, antes se gritava Eusébio. Um símbolo do nosso futebol, uma pessoa humilde, trabalhadora, carismática e de grande bondade.

Como adepto do futebol, eu agradeço-te Eusébio tudo o que deste a este desporto ao longo da tua carreira: dedicação, golos, troféus e emoção.

Em meu nome e da Moustache, deixo as nossas condolências a família do Eusébio, ao Sport Lisboa e Benfica e, claro, a todo Portugal.

Descansa em paz amigo, companheiro, ídolo, Rei.    

 



 

                                   

Liberdade ou Ilusão

 
Boa Tarde a todos! 

  Bem, hoje decidi escrever sobre um assunto mais filosófico e que, muitas vezes, me faz pensar: Somos totalmente livres?

  Para mim a liberdade não é tanto o ato físico de não estar preso a algo, mas mais uma sensação psicológica. Se mentalmente estás encarcerado a algo, será que, de fato, és puramente livre ou a tua liberdade é uma ilusão? É verdade que o conceito de liberdade é muito subjetivo e, se algum filósofo estiver a ler este post, diria que a minha ideia de liberdade não tem fundamento ou é pouco usual, mas pensem comigo: a filosofia é uma ciência exata ou é algo mais intuitivo? Pois bem, não me atrevo a considerar-me um filósofo, já que a minha formação não me permite tal distinção; considero-me antes um pensador e gostaria que pensassem comigo.

Como normalmente é o vosso dia-a-dia?: 
1. Tarefas (sejam elas quais forem)
2. Socialização
3. Responsabilidades
4. Dependência


  No vosso dia-a-dia, será que se sentem completamente livres psicologicamente? Não têm nada que fazer? Não há ninguém que necessita de vocês? Não têm nada para entregar em algum prazo? Já compraram o que tinham a comprar? Já venderam o que queriam vender? Muita coisa, certo? 


  Pensem então agora comigo: neste tempo todo, quantos momentos tiveram em que não pensaram em nada ou sentiram uma felicidade interior, onde o exterior não existia, só vocês e a natureza?


  Uma pergunta difícil?! Bem, a nossa espécie, Homo sapiens sapiens, vive em comunidade, o que quer dizer que precisamos uns dos outros para sobreviver às alterações do nosso ambiente. “Mas espera, nós temos casas, máquinas, somos autossustentáveis e capazes de sobreviver isoladamente na natureza, não estamos dependentes de ninguém.” Verdade! Isoladamente, somos capazes de sobreviver, mas a nossa espécie não, o que nos traz então aos nossos genes (não me vou focar muito nisto). Estes blocos de vida contêm toda a nossa informação evolutiva e fazem-nos ser o que realmente somos. Pensemos, então, nos nossos antepassados que viviam em comunidade, que juntos criaram o nosso mundo e que nos deram uma liberdade total da natureza (quanto a sua instabilidade) e uma superioridade perante predadores muito temidos. 


  “Portanto, somos livres!” - Não exatamente, pois, apesar de toda a evolução, muita da ancestralidade ainda está ativa em nós. Funcionamos como formigas, ativamente a trabalhar em cidades, criamos os nossos filhos com o objetivo de eles serem melhores que nós ou para ajudarem o que nos está próximo porque, quer sejamos kantianos ou consequencialistas, faremos sempre o que no nosso íntimo achamos correto: é essa a nossa função. Atenção: Quem pensar que eu defendo a ideia do gene egoísta de Dawkins, engane-se!, não acredito em elementos superiores ou génios malignos de Descartes, só na razão e funcionalidade. 


  Onde quero chegar com este discurso? Bom, o fato é que, no meu dia-a-dia, nunca me sinto 100% livre, existe sempre alguma coisa que tenho que fazer, há sempre alguém que está dependente de mim ou eu dependente de alguém; o pensamento que flui não é puro, não é sincero, é manchado e egoísta. O momento em que sentes que não estás onde estás, onde pensas ideias claras e onde a tua apreciação da natureza é máxima e bela, muitas das vezes surge fragmentado, curto ou ausente.


  Creio que, a liberdade psicológica, foi algo que decresceu com a evolução: será consequência ou pormenor? Interpretem como o desejarem. Uma vez, ouvi alguém dizer “nunca daria 1 minuto da minha liberdade por milhões de euros”. - Mas é só um minuto, é rápido não é? E então, a nossa felicidade interior? E se naquele minuto sentisses toda a pureza da liberdade no teu interior? Há quem possa pensar: “não estarás a confundir liberdade com felicidade?” - Eu respondo: talvez, mas será que consegues ser feliz sentindo-te acorrentado?

 

  Creio que, para sermos livres, temos de nos sentir livres, porque nós somos os nossos piores inimigos: aceitamos a nossa infelicidade em detrimento da felicidade do próximo, mesmo que isso nos obrigue a sentirmo-nos enclausurados ou dependentes. Isto, para mim, é acima do ridículo, pois todos somos únicos e merecedores do que mais belo temos e sentimos, por isso, procurem a vossa liberdade psicológica e a vossa felicidade.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Prémios Cegos



                      


 Boa tarde minha boa gente, aqui o Barbas não se está a sentir muito, acho que é a constipação e a parvoíce lançada pelo PASSAZAR para o ano de 2014, se pensavam “Ano Novo, vida nova”, muito enganados.
                                



Ora bem, estava eu a tomar a minha refeição de meia classe (sim nada de caviar, grande pena!), quando a surgiu a interessante notícia de que em troca de meia dúzia de faturas é sorteado (está destacado de propósito para os mais distraídos) um carro. E depois fizeram uma coisa muito engraçado que foi escolher aleatoriamente pessoas que caminhavam em diferentes partes de lisboa e pediram-lhes a opinião sobre isto. E segundo esta amostragem, havia muita gente satisfeita com esta medida, quem é que não gosta de um carrinho certo? E depois uma pequena percentagem, pessoas de salário mínimo, não interessa, estavam contra isto. 

O que está errado? É difícil de perceber não é, vendo bem é só um papel, que se passa a cada compra feita. Bem, o que é muitas vezes esquecido é que isso traz mais prejuízo para as instituições que têm de comprar o aparelho e o papel de faturação, já nem falo dos que vivem de biscates.
Passos: Biscates? O que é isso Barbas? Um palavrão? Não me lembro disso na faculdade, talvez foi falado numa cadeira de primeiro ano.
Como podem ver quando foi lançado esta medida, não se pensou nestes pequenos (ou pensaram? Hum!). É como se o governo estive a obrigar a estes pequenos a pagar o que um crescido paga. Isto anda muito na tendência do debaixo para médio, primeiro partes as pernas e depois pontapeias o abdominal, mas como assustas a testa dão o beijinho.


Bem estou a começar a desviar me do assunto, sortear carros, quando a esmola é muita o pobre desconfia! Não dês de comer a comer a um pobre ensina-o antes a pesquisar! Preciso de continuar? O não certo, é um sorteio dahh, probabilidade! Oiço gente empinada a dizer “ai acho bem, o carrinho seria tão bom”, e depois as notícias mostram uma ou outra pessoa a dizer “ gostaria de ver o Passos a pagar isso com o rendimento mínimo”





Sinceramente, acho que só falta o ditador mandar os seus jagunços assaltar as formigas, “ tome lá senhor Primeiro-Ministro, não me faça mal?”. Parece ridículo? Ao menos seria direto e sincero, se é para roubar façam-no bem, não atirem caramelos.

 

Para terminar, pessoal sejam sinceros, revolucionários (bom sentido claro) e hajam segundo aquilo que acreditam, sejam vocês e não o que os outros querem que vocês sejam. E que 2014 seja melhor, mas só será se vocês fizerem para tal.