terça-feira, 27 de maio de 2014

Um ato descabido, um final incerto


Boa noite a todos,

   Este último fim-de-semana ficou marcado pela realização das votações para as eleições europeias.

O que há para referenciar? Primeiro a “vitória” do PS de Seguro, que espantou (ninguém), uma abstenção histórica em Portugal, cerca de 66%, e a aquisição de lugares no Parlamento Europeu dos partidos extremistas: 

1. Frente Nacional, extrema-direita de França; 
2. Aurora Dourada, neo-nazis da Grécia;
3. Partido Nacional Democrático, neo-nazis da Alemanha;
4. Partido do Povo Dinamarquês (Dinamarca);
5. Partido dos Finlandeses (Finlândia)
6. Partido da Liberdade, extrema-direita da Holanda;
7. Movimento por uma Hungria Melhor, partido neo-nazi da Hungria;
8. Partido Liberdade Austríaca, ultra-nacionalistas da Áustria;
9. Liga Norte (Itália);

Como podem observar tivemos grandes mudanças no parlamento europeu, este fim-de-semana, e este acontecimento “inesperado” transmite uma grande instabilidade na política destes últimos anos, e promete trazer muita polémica. 

   Comecemos por Portugal, alguém uma vez me disse entre votar em “mal” e “mais mal”, mas vale votar na opção que menor punição trás ao povo, portanto fiquei nada espantado com o resultado. A política portuguesa funciona um pouco como o futebol português, ou são todos do Benfica, do Sporting ou do Porto, portanto a liderança do país ora pertence PS ora PSD, com uma ou outra coligação de vez em quando.

Seguro conseguiu a tão desejada vitória do PS sobre os democratas, não diria por mérito do partido, mas mais graças a uma birra do povo português que votou naquilo que está mais habituado, se a mãe não compra o brinquedo o pai sim. Acredito que muitos não saibam a razão pela qual votaram no Domingo, e quanto aos que não votaram só mostraram grande irresponsabilidade e uma burrice tremenda; aposto que muitos que não foram votar acreditam que o voto em “branco” é o ato de oferecer votos ao partido que está em poder (é um facto esta mentalidade). O direito de votar em governantes e deputados foi um direito adquirido com a implantação da república, se não existisse seríamos nada mais que uma monarquia ou uma ditadura e os cidadãos uns paus mandados, “agricultores” ou “escravos”. Tem piada, muitos louvam o 25 de Abril e as personalidades que morreram para nós sermos livres, mas depois recusarem-se a ir exercer um direito adquirido e representante da nossa liberdade, o voto, por razões que não cabe a um mero idiota:

1. Não me apetece;
2. Estou ocupado;
3. Não acredito nos partidos que concorrem;
4. O que ganho a ir votar;

São alguns exemplos de estupidez que a nossa televisão portuguesa revela sobre o povo, os indivíduos são sempre os mesmos, a faixas etárias também e a escolaridade igualmente. Dizendo isto não quero ofender nenhum dos intervenientes que assinalei anteriormente, cada um tem a sua razão para ter as ideias descabidas que tem, sejam elas boas ou más, mas há limite para a estupidez. Aconselho a pararem de se queixarem como pobres coitadinhos, essa mania de queixar se de tudo e de esperar que os outros façam é o pensamento típico português, o nosso flagelo; e comecem a agir.




   Em relação aos resultados na Europa, é triste saber que os Europeus são ainda muito aliterados, com pensamentos retrógrados de superioridade racial e de nacionalismos doentios do que eu, inicialmente, pensava. Eu compreendo a insatisfação perante a (des)União Europeia e as suas medidas cegas e desapropriadas de criação de emprego e riqueza, mas eleger partidos de extrema que podem ser ainda mais perigosos é uma total irresponsabilidade de uma sociedade do século XXI. Se acham que estes partidos têm as soluções para os problemas então vou apresentar-vos alguns factos, medidas e sugestões de alguns partidos:

1. Vírus do Ébola resolveria o problema da imigração na França em três meses e que as câmaras de gás na II Guerra Mundial foram apenas um pequeno detalhe do regime nazi - Frente Nacional (França);
2. A Europa é um continente de brancos, portanto é preciso acabar com a imigração - Partido Nacional Democrático (Alemanha);
3. Alguns dos membros estão detidos por fazerem parte de organizações criminosas, o líder do partido tem a tatuagem de uma suástica no ombro e também pretendem acabar com a imigração - Aurora Dourada (Grécia);
4. Expulsar os muçulmanos do território nacional e quer proibir a união de casais do mesmo sexo – Partido dos Finlandeses (Finlândia); 

Parece me ilógico que indivíduos com ideias destas tenham direito de sentar-se no Parlamento Europeu, que rege a politica da União e que luta pela manutenção da paz Europeia. Pessoas destas com pensamentos de raças puras, genocídios, ambição de poder, nacionalismos obcecados e ideias neandertais (as minhas desculpas aos cientistas pelo uso do termo, um Neandertal é muito mais inteligente que estes indivíduos) de uma sociedade ideal deveriam ser afastadas do contato político, público e escondidos na sombra, onde ninguém fosse poluído pela mentalidade adoecida e morta destes cidadãos.

   Termino deixando o aviso: a estupidez de agora pode ser a destruição do futuro dos vossos filhos e netos.

Bem, pelo meu relógio são horas de matar...



sexta-feira, 23 de maio de 2014

Perigoso mas pouco






Boa tarde a todos,

   Sinceramente, tenho de deixar de ver televisão enquanto almoço, a quantidade de estupidez que se ouve nas notícias é algo que me deixa embasbacado. As notícias deste último mês têm-se focado no caso de Manuel “Palito” Baltazar e a incompetência da polícia portuguesa em encontrar e capturar este experiente caçador.

   Manuel Baltazar é acusado de matar ex-sogra, a tia e ferir a ex-mulher e a filha de ambos, depois de estar 5 anos a perseguir, doentiamente, a sua ex-companheira. Durante cerca de um mês, Palito esteve foragido á justiça, obrigando a GNR a imobilizar vários agentes para a zona de Valongo dos Azeites, de forma auxiliar os agentes da região na busca e captura do suspeito. Passados 34 dias em fuga, o suspeito foi finalmente capturado (em jeito de desistência do próprio foragido), terminando a onda de “terror” daquela região.

   Muitos esperam que eu faça pouco da extrema incompetência daqueles que são formados e pagos para proteger nós os cidadãos (ainda me conhecem mal), mas na realidade vou expressar a minha opinião sobre aqueles “indivíduos” que aplaudiram e aclamaram esta espécie de homem, na altura em que entrava no tribunal sob a escolta da polícia. Parece me ridículo que pessoas, capazes de raciocinar e com a plena noção da diferença entre o bem e o mal, apareçam na televisão, perante milhares, a saudar um assassino como se tratasse de um herói nacional (um D. Afonso Henriques ou um D. Sebastião), a dizer que teriam todo o gosto de o auxiliar (enquanto esteve me fuga) o foragido ou até mesmo sugerir a construção de uma estátua em sua honra. É triste é muito triste isto. São lamentáveis estas cenas e dão má reputação a nossa sociedade, quem é que no seu perfeito juízo orgulha-se de um individuo que tira a vida a duas pessoas e que inferniza a vida de uma mulher que outra hora o amara. Ainda me custa a perceber o motivo, será porque o ”homem” conseguiu enganar tudo e todos, ridicularizando, inclusive, os nossos agentes da autoridade? Pois bem, se esta foi a razão então tenham vergonha na cara, este ódio, infundado, pela figura da justiça é completamente inconcebível numa sociedade avançada e inteligente, esta padronização do agente como algo demoníaco, perseguidor do pobre e que protege apenas os corruptos é injusta para aqueles que lutam todos os dias, com a sua vida, pela nossa segurança. Estas pessoas que se resplandecem com o feito desta criatura deviam pensar na dor da mulher que durante 5 anos da sua vida foi perseguida e atormentada, e que agora terá de lidar com a perda da sua mãe e irmã. A espectacularização deste caso também foi um dos principais motores deste tipo de manifestação.

   Custa me aceitar que pessoas assim existam, não gostaria de lhes chamar “gente mal formadas”, porque existe pessoas com poucos estudos que são bem mais inteligentes que muitos políticos ou universitários que aparecem nas televisões portuguesas (até estrangeiras), em vez disso opto por chamar “gente estúpida”. Não existe um outro adjetivo mais indicado do que “estúpida”, pois são inconcebíveis atitudes destas no século XXI, muito menos perante crianças ou jovens que serão o futuro de Portugal. Qualquer pessoa na sua fase de crescimento, se for presenteado com atos destes, aceitará aquilo como algo “natural” e no futuro poderá mesmo repetir o ato e por sua vez ensinará aos seus filhos – ciclo da influência adquirida. 

   Se o futuro deste país passar por pessoas como aquelas que aplaudiram o assassino, então Portugal está perdido.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Os Donos de Portugal






Heis um belo documentário que passou pela RTP 2 a uns anos e que todos deveriam ver. Explica muito bem o estatuto dos poderosos em Portugal e as causas que levaram ao estado atual do nosso país



quarta-feira, 7 de maio de 2014

Quartas Feiras musicais ( Rescaldo Eurovisão semi final)

Boas pessoal, hoje a Moustache vai falar sobre o festival da Eurovisão, não é que lhe ache grande piada, mas desperta uma certa curiosidade no que os outros países têm de diferente em relação ao que estamos habituados a ver. Este ano não se viu tanta diversidade como em tempos costumava ser, julgo eu que a maior parte dos países que actuaram ontem recorreram a batidas de dubstep sinfónico, e 90% interpretou as suas músicas em inglês! 

Ora bem se isto é um festival onde devia predominar a diversidade linguística e cultura típica, não se viu. E porquê? Como vivemos na era da globalização fica sempre bem mostrar o que está na moda o que agrada às massas, ou seja a cultura pop a cultura que vai de encontro ao povão!
O festival da Eurovisão é para isso mesmo, desfile de caras bonitas, corpos esbeltos ( na maior parte dos casos) para agradar as vistas de quem vê a ver se conseguem obter votos.

Tendo estes factores todos em cima da mesa, só falta a Mousctache opinar sobre a prestação de Portugal no festival, sejamos francos a música não é das melhores, claro que não é! No entanto poder-se-á admitir que o raio da intro e do refrão fica entranhado até ao tutano do ouvido de tão catchy que é. ( O Emanuel é perito nisso tenho que lhe dar crédito) Mais coisas, o instrumental fugiu a tendência das baladas e musica anglo saxónica que definitivamente são efeitos de aculturação. Sendo portanto este com batidas tipicamente latinas e acima de tudo cantada em português coisa que pelo que se consta de 37 países apenas 4 cantam na sua língua materna ( a contar com a Inglaterra).

 Resumindo e concluindo, a Moustache sente saudades da Eurovisão do tempo dos Lordi em 2006 foram sem duvida revolucionários trouxeram o impensável aquele festival, heavy metal e visual monstruoso, em 2008 a Espanha resolveu troçar do proprio festival através de uma personagem humuristica que frisou que para se cantar nesse festival nao é preciso ser se bonito nem ter grande talento a nivel vocal, se existir um cenário de apoio como bailarinas chamativas e uma musica catchy passa. 

Se este festival fosse levado a sério a forma de avaliação dos concorrentes e tambem o tipo de musica que poderia concorrer seria mais diversificado e com qualidade que actualmente apresenta défices muito grandes. A Moustache deixa aqui o video dos Lordi  em 2006 e Nightwish em 2000 em que as suas prestações poderiam ser exemplos de modelos a seguir no que toca a qualidade e lufadas de ar fresco.


terça-feira, 6 de maio de 2014

A Luta Continua

Bom dia,

   Para todos os adeptos de futebol, espero que gostem de mais um artigo escrito pelo Barbas para a Record. O assunto desta edição é a liga espanhola e a nova oportunidade que o Barcelona tem para revalidar o seu titulo de campeão.

Cumprimentos,

Artigo aqui