domingo, 7 de dezembro de 2014

Olha que ele as vezes acerta...

 

Boa tarde a todos,

Peço-vos desculpa pela longa ausência, mas tenho estado ocupado. 

   Neste post vou apenas partilhar convosco o breve, mas muito breve,  momento de clareza do Sócrates na sua carta ao Público, em que este descreve em dois parágrafos esta bela praia lusitana em que nós todos vivemos.


"(...)E do segredo de justiça. Prende-se, também, de uma outra forma - na prisão da opinião pública Sim, há o segredo de justiça, mas esse só a defesa está obrigada a cumpri-lo. Nem precisam de falar - os jornalistas (alguns) fazem o trabalho para eles. Toma lá informação, paga-me com elogios. Dizem-lhes o que é crime conhecerem, eles compensam-nos com encómios: magnífico juiz; prestigiado procurador, polícia dedicado e competente. Lado oculto e podre, é certo. Mas há quanto tempo o conhecemos? Há quanto tempo sabemos que a impunidade de quem comete esses crimes está sustentada na intimidação e na cumplicidade? Sim, na intimidação, desde logo. O recalcitrante sabe que arrisca uma campanha negativa na imprensa, se não mesmo uma investigação. E sabemos como pesa a simples notícia de que se está sob investigação.

Mas, também, a cumplicidade. Digamo-lo sem rodeios: o "sistema" vive a cobardia dos políticos, da cumplicidade de alguns jornalistas; do cinismo das faculdades e dos professores de Direito e do desprezo que as pessoas decentes têm por tudo isto. De resto, basta-lhes dizer: "Deixem a justiça funcionar". Sim, não se metam nisto. É verdade que, há muito, alguns desafiam o sistema e dizem abertamente que a justiça foi ultrapassada. Bem o vemos. Mas, e se foi ultrapassada por aqueles a quem confiamos a nossa liberdade? Sim - pergunta clássica - quem nos guarda dos guardas? Silêncio. `As instituições estão a funcionar."


terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Lado Negro da Internet

Boa noite pessoal,

   Hoje vou partilhar com vocês um video muito interessante sobre o lado negro do melhor amigo do século XXI, a Internet. Um grande trabalho do Channel Awsome para celebrar o seu quinto aniversário.

Espero que apreciem o video e que pensei, realmente, na pergunta final. Partilhem com os vossos amigos e façam-nos pensar:

E SE FOSSE EU? WHAT IF IT WERE ME?


domingo, 19 de outubro de 2014

Cagando e Pagando


casas


Boa noites a todos,

   Quem é que gosta de pagar 0,50€ (valor varia com o local) para ir fazer as necessidades? “Oh Barbas, andas a beber? Desde quando é pagas para ires a sanita?” Por acaso até gosto de um bom copinho de vinho, mas isso não tem nada a ver com o assunto. Começa agora a ser “moda” alguns sítios, transportes públicos por exemplo, cobrar aos utentes o uso das casas de banho. Vendo bem, o uso excessivo da retrete em locais públicos está no top ten dos principais problemas do nosso País, atrás da crise mas a frente da falência dos bancos (happens!).

   Eu vou admitir uma coisa e espero não arranjar problemas no futuro com isto. Eu quando tenho vontade……uso a casa de banho!! Eu sei estamos no século XXI e eu ainda uso WCs. Talvez seja culpa dos meus pais, não me educaram como deve ser. Eu devia fazer como muitas dessas pessoas que andam para ai, usar fraldas ou esperar que rebente a bexiga e fazer um transplante em cada 3 meses (não façam a conta, é um número inventado).

   Passando a parvoíce, é muito estupido esta nova mania de cobrar o uso dos WCs públicos. Eu sei que já havia antes, mas cada vez nota-se mais a sua presença no nosso dia-a-dia. Cobrar pelo direito ao saneamento básico é imoral e mais uma maneira de pôr a mão no bolso do pobre, em minha opinião deveria, inclusive, ser considerado inconstitucional. Vocês cobrariam aos vossos filhos o direito deles á alimentação? Cobrarias a vida alguém?

A tua necessidade é o meu sustento...


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Praxes: Assassinos NON-STOP & FOREVER pelos mídia


Ao que parece em dezembro de 2013 houve uns dilemas retratados pelos mídia que envolviam trajados. Ora, se estão trajados, é OBVIOOOOOO que tal acontecimento se deveu à praxe. Mas o que  gostava de vos falar é da praxe pós-Meco.
No ano letivo aquando decorreu este mistério, eu era caloira. E posso dizer-vos que adorei ser caloira. Pelo menos, até ao Meco. Nós tínhamos atividades giras, fomos para a rua dar abraços às pessoas, fazíamos guerras de balões de águas, e muitos outros tipos de jogos. De uma praxe de 5h, 4 horas eram na macacada em jogos, 30 minutos a ser pintados com batons, verniz, pinturas faciais e a colocar adereços fornecidos pelas doutoras, e a restante meia hora era dividida entre 20 para acertar na vénia e nos nomes de todas as Doutoras e 10 para fazer uns pulos de galo, flexões, por a vénia não ter sido à primeira ou porque simplesmente, caloiro é união.
Depois do Meco não pudemos sair à rua. Enquanto o país estava aterrorizado pelas praxes, quem tinha o verdadeiro medo eram os trajados que saiam à rua, pois sem terem qualquer culpa ou envolvimento direto no que aconteceu no Meco eram ameaçados e chamados de assassinos diariamente. Andar de transporte públicos já não é muito seguro, imaginemos trajado e com a alcunha de assassino... Tudo foi ficando mais amenizado com o passar do tempo, mas nada voltou ao que era. Claro que há praxes mal feitas! Não defendo todas as praxes, como é óbvio, e zelo cada dia pela integridade de todos os que me rodeiam sejam eles quem forem e a sua hierarquia, e é certo que há abusos, sempre houve e sempre haverá, e é nosso dever travar essas praxes mal feitas e defender aquilo que é para nós ,comunidade praxante, a integração, a praxe e todos os valores incutidos no traje académico passado por superiores ou doutores.
No final do ano letivo passado a Comissão de Praxe da minha faculdade teve uma reunião com a Diretora da escola por causa do assunto praxes. A senhora já era anti praxe, e embora as praxes na ESELx em nada tenham a ver com as praxes nas noutras faculdades, a senhora sentiu que estava a ser "ameaçada" porque estavam a ligar a escola dela a atividades de praxe. Praxe tem uma má conotação, logo o acordo feito com a senhora foi o de já não lhe chamamos praxe, mas sim Integração Académica.
Este ano sou Doutora. Já tenho uma turma de caloirinhas, e um caloirinho, para praxar e a quem quero passar valores que aprendi ao longo do meu ano de caloira, em conjunto com as minhas colegas. A nossa preocupação com os caloiros é extrema e até tivemos pais na praxe, a assistirem e participarem, para terem a certeza que os seus filhos não corriam riscos. Por acaso, não sinto que as caloiras cheguem lá com medo, porque acredito que elas percebam que os mídia atiram montes de areia para os nossos olhos. Já os pais e avós dos respetivos estão reticentes, chegando a proibir os caloiros da participação nestas atividades.
Tal como era em caloira, e agora como doutora, continuo a ter os meus pais. A minha mãe fica doente cada vez que ouve a palavra Meco. As minhas avós cada vez que me telefonam ou me vêm dizem para não me meter nisso, para não fazermos praxes más, para isto e para aquilo. E eu desde o inicio do meu tempo de caloira que defendo a praxe praticada na ESELx por em nada ser igual à de muitas das outras faculdades em que se pratica a má praxe.
Agora as pessoas nos transportes ficam sempre a olhar para nós, os trajados, os "praxistas", os bestas, os maus, os ASSASINOS. Olham de alto a baixo, e novamente, e novamente, e põem um ar de nojo na cara sempre que nos olham. Sentem-se desconfortáveis perto de nós,afastando-se nos transportes públicos e em muitos outro locais frequentemente frequentados pela população ativa da sociedade portuguesa.

Eu sei, e concordo, que os trajados e trajadas são sexys, mas disfarcem o olhar e não exprimam olhares de quem quer aniquilar.

domingo, 24 de agosto de 2014

Ausência de Politica Portuguesa



Boa tarde a todos,

   Engraçado, encontro-me neste momento na bela cidade de Saint Tropez, em França, e como português preocupado que sou, só me passa pela cabeça saber como está o meu belo País. Não me interpretem mal, eu tenho a certeza que continua a ser chefiada por brilhantes cabeças como Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas (LOL*), Maria Luís Albuquerque e outros gajos que trabalham nos bastidores. Mas fico preocupado, é o meu país, ora bolas. Viu-me nascer e, bem, contribuiu com cenas que supostamente ele faz por todas as famílias (?). «A que se deve a minha preocupação?» perguntam vocês. A minha preocupação deve-se ao fato do Benfica ter ganho o jogo inaugural da 1ª Liga Portuguesa, algo que lhe escava a nove anos. E isso fez-me pensar, «se o Benfica consegue fazer este feito no preciso ano em que eu decido viajar para fora do país, pela primeira vez, pergunto me o que decidirá fazer Passos Coelho para quebrar, igualmente, a tradição desta última década?». Até vou mais longe na minha preocupação, e se chego a casa e o Portas é primeiro-ministro? Vá, acho que estou a começar a entrar em pânico sem motivo, estou a esquecer-me que só políticos inteligentes, inovadores e apaixonados pelo povo é que podem ser eleitos, uffa! Se bem que o Sócrates chegou a ser reeleito primeiro-ministro, portanto talvez até me deva preocupar um pedaço.

   Sabem, quando sai de Portugal, estava a realizar-se uma manifestação de enfermeiros, onde estes reivindicavam melhores condições de trabalho e mais pessoal para fazerem frente ao constante sangramento de enfermeiros, por parte dos hospitais. Partindo do mesmo exemplo do Benfica, talvez quando chegar a casa haja uma manifestação de enfermeiros e exigir que ponham enfermeiros na rua, ou sei lá, exigirem a diminuição do número de vagas em enfermagem, tendo em conta de Portugal não é «Brasiu, cara». Será que houve uma segunda fase para os professores que chumbaram nos exames? - o autocorret do word disse me que a frase era estranha, eu respondi-lhe «pois». Pessoalmente, espero que haja, há professores que merecem uma segunda tentativa, depois de fazerem os exames da faculdade e terem o diploma de curso, claro. Quando chegar terei de ver se o Banco Bom e o Banco Mau já fizeram as pazes, é pena terem-se chateado por causa de dinheiro, formavam um par engraçado e animado, fazer desaparecer dinheiro não é para todos.

   É de salientar que estou a uma semana fora, e só este bocado de ideias passou me pela cabeça, agora imaginem imigrantes que têm entes queridos em Portugal. Isto só revela a falta confiança que a nossa política transmite. 


*desculpem não resisti ao uso do tão conhecido «Lots Of Laughts»




sábado, 9 de agosto de 2014

«Só de Fino» - BES na hora de dormir



BES,


Boa tarde a todos,

   O «Só de Fino» será uma rubrica de minha autoria e será uma espécie de Lusco-Fusco, 5 a 7 linhas de critica cómica e pesada.

   Vamos começar com a rubrica?

   Que cena estúpida é esta do Bom Banco e do Banco Mau? Esta gente deve gostar de beber Jack Daniel's com sopas de cavalo cansado no inicio da manhã. Provavelmente é a maneira mais «fofinha» que encontraram para dizer que o BES estava curado da podridão sofria, ou então alguém teve a ver o episódio do Dragon Ball, onde o Todo-Poderoso liberta o seu lado mau (Satã), e pensou "hum, se as crianças acreditam nisto povo estúpido também irá". O episódio até é engraçado, mas se todos pudéssemos fazer isto não haveria tanta chatices com as religiões. Isto do Bom e do Mau parece uma história para adormecer crianças, mas neste caso as crianças são os clientes do BES, " Vá vá vá, ta tudo bem, o lobo mau já foi".



sexta-feira, 18 de julho de 2014

B(PN)ES





Boa tarde a todos,

   Caso ainda não tenham reparado, mas o assunto dos últimos dias tem sido a crise no BES. Até acredito que não tenham reparado, este assunto até nem ocupa grande parte do tempo televisivo dos telejornais nacionais. É engraçado ver as terminologias que muitos jornalistas, economistas ou apenas tipos que percebem do assunto [todos percebemos um pouco] usam para descrever esta aparente crise do Banco Espírito Santo, que pelos vistos não é nada de especial e que não causará as mesmas «chatices» que o BPN causou. UFFA!! Bem, então porque razão estou a falar do “caso” BES? Muito simples, é de conhecimento geral que aprender com os erros do passado torna-nos mais fortes, mas por alguma razão «casos» envolvendo bancos portugueses tendem acontecer. Não deixa de ser peculiar que desde que entrámos no ano 2000, este é o terceiro caso envolvendo um banco português. Será que todos os portugueses na transição de 31 Dezembro para 1 de Janeiro, no momento de comer as 12 passas, pediram “ quero um carro novo, uma namorada, muito dinheiro, muito sucesso, passar naquele exame de matemática do professor Gil, muita crise e que todos os bancos portugueses entrem em falência!”. Hmm, talvez menos champanhe para estas pessoas seria aconselhável.

   Nestes últimos 3-4 anos estivemos [ou estamos?!] mergulhados numa profunda crise económica, que nos obrigou pedir um «pequeno» empréstimo parcelar aos nossos vizinhos, para pagar um truque de magia do banco BPN. Truque de magia?, um buraco qualquer de meia dúzia de milhões, coisa pequena, devem ter aprendido a fazer desaparecer dinheiro, o problema é que não viram como se faz reaparecer. Acontece! Como meninos crescidos como são o estado português e, vá, os representantes do BES, deveriam estar sempre atentos a estes acontecimentos e pensar “ bem, não vamos deixar que os outros bancos tenham problemas destes”. Pois, cheira-me que usar cábulas não é muito bom, nem muito menos aquele telemóvelzinho ali escondido no bolso. Se estes senhores tivessem perdido mais tempo a estudar e menos tempo a fazer cábulas ou assinar papéis para equivalências, talvez não houvesse tantos «casos».

   Não vou abordar temáticas muito técnicas, pois não tenho qualquer tipo de formação a nível de gestão, economia ou afins, quero apenas dar-vos uma perspectiva de um leigo que vê todos os dias estas histórias no telejornal e que luta para perceber a razão pela qual estes casos estão sempre acontecer e que ninguém percebeu que há alguma coisa que não está a ser bem feita. Não sei, digo eu.

   Já agora aproveito e menciono a estupidez que é a instabilidade que organizações como a Moody's causam a empresas e a Países. Sempre que há um problema ou a possível previsão de que algo possa vir a correr mal, estas organizações tentam ajudar. Como?, baixam os rankings dessas empresas ou dos países. Genial, hein? Se formos a ver a Moody´s nunca se enganou, certo? Acho que houve um problema qualquer com bancos irlandeses que tinham ranking A e que faliram, mas de certeza que não foi por culpa da Moody´s. Vá, vá todos se enganam, aposto que eles têm razão e o nosso país é mesmo «Lixo». Eu até considero que deveria haver empresas de ranking de pessoas, seria muito interessante! Imaginem que Moody´s dava o ranking de «Lixo» ao Paulo Portas [incorretamente claro], no momento das eleições a pessoas que vão votar no CDS-PP, pensam “ espera, este Portas não presta, ainda compra mais submarinos, vou mas é votar no …”. Seria engraçado, certo? Até poderia trazer algo de positivo para o país. Talvez, mas seria ofensivo para um senhor que estudou e trabalhou muito [?] durante anos.

   Em jeito de suma, se uma empresa está com problemas não vamos «atirar mais achas para a fogueira», pois existe lá pessoas inocentes e que precisam de trabalhar. Pensem menos em dinheiro e mais nas pessoas. Já agora se há bancos a falirem num país, num período inferior 10-20 anos, talvez haja algo de errado com área em questão, talvez.