domingo, 7 de dezembro de 2014

Olha que ele as vezes acerta...

 

Boa tarde a todos,

Peço-vos desculpa pela longa ausência, mas tenho estado ocupado. 

   Neste post vou apenas partilhar convosco o breve, mas muito breve,  momento de clareza do Sócrates na sua carta ao Público, em que este descreve em dois parágrafos esta bela praia lusitana em que nós todos vivemos.


"(...)E do segredo de justiça. Prende-se, também, de uma outra forma - na prisão da opinião pública Sim, há o segredo de justiça, mas esse só a defesa está obrigada a cumpri-lo. Nem precisam de falar - os jornalistas (alguns) fazem o trabalho para eles. Toma lá informação, paga-me com elogios. Dizem-lhes o que é crime conhecerem, eles compensam-nos com encómios: magnífico juiz; prestigiado procurador, polícia dedicado e competente. Lado oculto e podre, é certo. Mas há quanto tempo o conhecemos? Há quanto tempo sabemos que a impunidade de quem comete esses crimes está sustentada na intimidação e na cumplicidade? Sim, na intimidação, desde logo. O recalcitrante sabe que arrisca uma campanha negativa na imprensa, se não mesmo uma investigação. E sabemos como pesa a simples notícia de que se está sob investigação.

Mas, também, a cumplicidade. Digamo-lo sem rodeios: o "sistema" vive a cobardia dos políticos, da cumplicidade de alguns jornalistas; do cinismo das faculdades e dos professores de Direito e do desprezo que as pessoas decentes têm por tudo isto. De resto, basta-lhes dizer: "Deixem a justiça funcionar". Sim, não se metam nisto. É verdade que, há muito, alguns desafiam o sistema e dizem abertamente que a justiça foi ultrapassada. Bem o vemos. Mas, e se foi ultrapassada por aqueles a quem confiamos a nossa liberdade? Sim - pergunta clássica - quem nos guarda dos guardas? Silêncio. `As instituições estão a funcionar."


terça-feira, 28 de outubro de 2014

O Lado Negro da Internet

Boa noite pessoal,

   Hoje vou partilhar com vocês um video muito interessante sobre o lado negro do melhor amigo do século XXI, a Internet. Um grande trabalho do Channel Awsome para celebrar o seu quinto aniversário.

Espero que apreciem o video e que pensei, realmente, na pergunta final. Partilhem com os vossos amigos e façam-nos pensar:

E SE FOSSE EU? WHAT IF IT WERE ME?


domingo, 19 de outubro de 2014

Cagando e Pagando


casas


Boa noites a todos,

   Quem é que gosta de pagar 0,50€ (valor varia com o local) para ir fazer as necessidades? “Oh Barbas, andas a beber? Desde quando é pagas para ires a sanita?” Por acaso até gosto de um bom copinho de vinho, mas isso não tem nada a ver com o assunto. Começa agora a ser “moda” alguns sítios, transportes públicos por exemplo, cobrar aos utentes o uso das casas de banho. Vendo bem, o uso excessivo da retrete em locais públicos está no top ten dos principais problemas do nosso País, atrás da crise mas a frente da falência dos bancos (happens!).

   Eu vou admitir uma coisa e espero não arranjar problemas no futuro com isto. Eu quando tenho vontade……uso a casa de banho!! Eu sei estamos no século XXI e eu ainda uso WCs. Talvez seja culpa dos meus pais, não me educaram como deve ser. Eu devia fazer como muitas dessas pessoas que andam para ai, usar fraldas ou esperar que rebente a bexiga e fazer um transplante em cada 3 meses (não façam a conta, é um número inventado).

   Passando a parvoíce, é muito estupido esta nova mania de cobrar o uso dos WCs públicos. Eu sei que já havia antes, mas cada vez nota-se mais a sua presença no nosso dia-a-dia. Cobrar pelo direito ao saneamento básico é imoral e mais uma maneira de pôr a mão no bolso do pobre, em minha opinião deveria, inclusive, ser considerado inconstitucional. Vocês cobrariam aos vossos filhos o direito deles á alimentação? Cobrarias a vida alguém?

A tua necessidade é o meu sustento...


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Praxes: Assassinos NON-STOP & FOREVER pelos mídia


Ao que parece em dezembro de 2013 houve uns dilemas retratados pelos mídia que envolviam trajados. Ora, se estão trajados, é OBVIOOOOOO que tal acontecimento se deveu à praxe. Mas o que  gostava de vos falar é da praxe pós-Meco.
No ano letivo aquando decorreu este mistério, eu era caloira. E posso dizer-vos que adorei ser caloira. Pelo menos, até ao Meco. Nós tínhamos atividades giras, fomos para a rua dar abraços às pessoas, fazíamos guerras de balões de águas, e muitos outros tipos de jogos. De uma praxe de 5h, 4 horas eram na macacada em jogos, 30 minutos a ser pintados com batons, verniz, pinturas faciais e a colocar adereços fornecidos pelas doutoras, e a restante meia hora era dividida entre 20 para acertar na vénia e nos nomes de todas as Doutoras e 10 para fazer uns pulos de galo, flexões, por a vénia não ter sido à primeira ou porque simplesmente, caloiro é união.
Depois do Meco não pudemos sair à rua. Enquanto o país estava aterrorizado pelas praxes, quem tinha o verdadeiro medo eram os trajados que saiam à rua, pois sem terem qualquer culpa ou envolvimento direto no que aconteceu no Meco eram ameaçados e chamados de assassinos diariamente. Andar de transporte públicos já não é muito seguro, imaginemos trajado e com a alcunha de assassino... Tudo foi ficando mais amenizado com o passar do tempo, mas nada voltou ao que era. Claro que há praxes mal feitas! Não defendo todas as praxes, como é óbvio, e zelo cada dia pela integridade de todos os que me rodeiam sejam eles quem forem e a sua hierarquia, e é certo que há abusos, sempre houve e sempre haverá, e é nosso dever travar essas praxes mal feitas e defender aquilo que é para nós ,comunidade praxante, a integração, a praxe e todos os valores incutidos no traje académico passado por superiores ou doutores.
No final do ano letivo passado a Comissão de Praxe da minha faculdade teve uma reunião com a Diretora da escola por causa do assunto praxes. A senhora já era anti praxe, e embora as praxes na ESELx em nada tenham a ver com as praxes nas noutras faculdades, a senhora sentiu que estava a ser "ameaçada" porque estavam a ligar a escola dela a atividades de praxe. Praxe tem uma má conotação, logo o acordo feito com a senhora foi o de já não lhe chamamos praxe, mas sim Integração Académica.
Este ano sou Doutora. Já tenho uma turma de caloirinhas, e um caloirinho, para praxar e a quem quero passar valores que aprendi ao longo do meu ano de caloira, em conjunto com as minhas colegas. A nossa preocupação com os caloiros é extrema e até tivemos pais na praxe, a assistirem e participarem, para terem a certeza que os seus filhos não corriam riscos. Por acaso, não sinto que as caloiras cheguem lá com medo, porque acredito que elas percebam que os mídia atiram montes de areia para os nossos olhos. Já os pais e avós dos respetivos estão reticentes, chegando a proibir os caloiros da participação nestas atividades.
Tal como era em caloira, e agora como doutora, continuo a ter os meus pais. A minha mãe fica doente cada vez que ouve a palavra Meco. As minhas avós cada vez que me telefonam ou me vêm dizem para não me meter nisso, para não fazermos praxes más, para isto e para aquilo. E eu desde o inicio do meu tempo de caloira que defendo a praxe praticada na ESELx por em nada ser igual à de muitas das outras faculdades em que se pratica a má praxe.
Agora as pessoas nos transportes ficam sempre a olhar para nós, os trajados, os "praxistas", os bestas, os maus, os ASSASINOS. Olham de alto a baixo, e novamente, e novamente, e põem um ar de nojo na cara sempre que nos olham. Sentem-se desconfortáveis perto de nós,afastando-se nos transportes públicos e em muitos outro locais frequentemente frequentados pela população ativa da sociedade portuguesa.

Eu sei, e concordo, que os trajados e trajadas são sexys, mas disfarcem o olhar e não exprimam olhares de quem quer aniquilar.

domingo, 24 de agosto de 2014

Ausência de Politica Portuguesa



Boa tarde a todos,

   Engraçado, encontro-me neste momento na bela cidade de Saint Tropez, em França, e como português preocupado que sou, só me passa pela cabeça saber como está o meu belo País. Não me interpretem mal, eu tenho a certeza que continua a ser chefiada por brilhantes cabeças como Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas (LOL*), Maria Luís Albuquerque e outros gajos que trabalham nos bastidores. Mas fico preocupado, é o meu país, ora bolas. Viu-me nascer e, bem, contribuiu com cenas que supostamente ele faz por todas as famílias (?). «A que se deve a minha preocupação?» perguntam vocês. A minha preocupação deve-se ao fato do Benfica ter ganho o jogo inaugural da 1ª Liga Portuguesa, algo que lhe escava a nove anos. E isso fez-me pensar, «se o Benfica consegue fazer este feito no preciso ano em que eu decido viajar para fora do país, pela primeira vez, pergunto me o que decidirá fazer Passos Coelho para quebrar, igualmente, a tradição desta última década?». Até vou mais longe na minha preocupação, e se chego a casa e o Portas é primeiro-ministro? Vá, acho que estou a começar a entrar em pânico sem motivo, estou a esquecer-me que só políticos inteligentes, inovadores e apaixonados pelo povo é que podem ser eleitos, uffa! Se bem que o Sócrates chegou a ser reeleito primeiro-ministro, portanto talvez até me deva preocupar um pedaço.

   Sabem, quando sai de Portugal, estava a realizar-se uma manifestação de enfermeiros, onde estes reivindicavam melhores condições de trabalho e mais pessoal para fazerem frente ao constante sangramento de enfermeiros, por parte dos hospitais. Partindo do mesmo exemplo do Benfica, talvez quando chegar a casa haja uma manifestação de enfermeiros e exigir que ponham enfermeiros na rua, ou sei lá, exigirem a diminuição do número de vagas em enfermagem, tendo em conta de Portugal não é «Brasiu, cara». Será que houve uma segunda fase para os professores que chumbaram nos exames? - o autocorret do word disse me que a frase era estranha, eu respondi-lhe «pois». Pessoalmente, espero que haja, há professores que merecem uma segunda tentativa, depois de fazerem os exames da faculdade e terem o diploma de curso, claro. Quando chegar terei de ver se o Banco Bom e o Banco Mau já fizeram as pazes, é pena terem-se chateado por causa de dinheiro, formavam um par engraçado e animado, fazer desaparecer dinheiro não é para todos.

   É de salientar que estou a uma semana fora, e só este bocado de ideias passou me pela cabeça, agora imaginem imigrantes que têm entes queridos em Portugal. Isto só revela a falta confiança que a nossa política transmite. 


*desculpem não resisti ao uso do tão conhecido «Lots Of Laughts»




sábado, 9 de agosto de 2014

«Só de Fino» - BES na hora de dormir



BES,


Boa tarde a todos,

   O «Só de Fino» será uma rubrica de minha autoria e será uma espécie de Lusco-Fusco, 5 a 7 linhas de critica cómica e pesada.

   Vamos começar com a rubrica?

   Que cena estúpida é esta do Bom Banco e do Banco Mau? Esta gente deve gostar de beber Jack Daniel's com sopas de cavalo cansado no inicio da manhã. Provavelmente é a maneira mais «fofinha» que encontraram para dizer que o BES estava curado da podridão sofria, ou então alguém teve a ver o episódio do Dragon Ball, onde o Todo-Poderoso liberta o seu lado mau (Satã), e pensou "hum, se as crianças acreditam nisto povo estúpido também irá". O episódio até é engraçado, mas se todos pudéssemos fazer isto não haveria tanta chatices com as religiões. Isto do Bom e do Mau parece uma história para adormecer crianças, mas neste caso as crianças são os clientes do BES, " Vá vá vá, ta tudo bem, o lobo mau já foi".



sexta-feira, 18 de julho de 2014

B(PN)ES





Boa tarde a todos,

   Caso ainda não tenham reparado, mas o assunto dos últimos dias tem sido a crise no BES. Até acredito que não tenham reparado, este assunto até nem ocupa grande parte do tempo televisivo dos telejornais nacionais. É engraçado ver as terminologias que muitos jornalistas, economistas ou apenas tipos que percebem do assunto [todos percebemos um pouco] usam para descrever esta aparente crise do Banco Espírito Santo, que pelos vistos não é nada de especial e que não causará as mesmas «chatices» que o BPN causou. UFFA!! Bem, então porque razão estou a falar do “caso” BES? Muito simples, é de conhecimento geral que aprender com os erros do passado torna-nos mais fortes, mas por alguma razão «casos» envolvendo bancos portugueses tendem acontecer. Não deixa de ser peculiar que desde que entrámos no ano 2000, este é o terceiro caso envolvendo um banco português. Será que todos os portugueses na transição de 31 Dezembro para 1 de Janeiro, no momento de comer as 12 passas, pediram “ quero um carro novo, uma namorada, muito dinheiro, muito sucesso, passar naquele exame de matemática do professor Gil, muita crise e que todos os bancos portugueses entrem em falência!”. Hmm, talvez menos champanhe para estas pessoas seria aconselhável.

   Nestes últimos 3-4 anos estivemos [ou estamos?!] mergulhados numa profunda crise económica, que nos obrigou pedir um «pequeno» empréstimo parcelar aos nossos vizinhos, para pagar um truque de magia do banco BPN. Truque de magia?, um buraco qualquer de meia dúzia de milhões, coisa pequena, devem ter aprendido a fazer desaparecer dinheiro, o problema é que não viram como se faz reaparecer. Acontece! Como meninos crescidos como são o estado português e, vá, os representantes do BES, deveriam estar sempre atentos a estes acontecimentos e pensar “ bem, não vamos deixar que os outros bancos tenham problemas destes”. Pois, cheira-me que usar cábulas não é muito bom, nem muito menos aquele telemóvelzinho ali escondido no bolso. Se estes senhores tivessem perdido mais tempo a estudar e menos tempo a fazer cábulas ou assinar papéis para equivalências, talvez não houvesse tantos «casos».

   Não vou abordar temáticas muito técnicas, pois não tenho qualquer tipo de formação a nível de gestão, economia ou afins, quero apenas dar-vos uma perspectiva de um leigo que vê todos os dias estas histórias no telejornal e que luta para perceber a razão pela qual estes casos estão sempre acontecer e que ninguém percebeu que há alguma coisa que não está a ser bem feita. Não sei, digo eu.

   Já agora aproveito e menciono a estupidez que é a instabilidade que organizações como a Moody's causam a empresas e a Países. Sempre que há um problema ou a possível previsão de que algo possa vir a correr mal, estas organizações tentam ajudar. Como?, baixam os rankings dessas empresas ou dos países. Genial, hein? Se formos a ver a Moody´s nunca se enganou, certo? Acho que houve um problema qualquer com bancos irlandeses que tinham ranking A e que faliram, mas de certeza que não foi por culpa da Moody´s. Vá, vá todos se enganam, aposto que eles têm razão e o nosso país é mesmo «Lixo». Eu até considero que deveria haver empresas de ranking de pessoas, seria muito interessante! Imaginem que Moody´s dava o ranking de «Lixo» ao Paulo Portas [incorretamente claro], no momento das eleições a pessoas que vão votar no CDS-PP, pensam “ espera, este Portas não presta, ainda compra mais submarinos, vou mas é votar no …”. Seria engraçado, certo? Até poderia trazer algo de positivo para o país. Talvez, mas seria ofensivo para um senhor que estudou e trabalhou muito [?] durante anos.

   Em jeito de suma, se uma empresa está com problemas não vamos «atirar mais achas para a fogueira», pois existe lá pessoas inocentes e que precisam de trabalhar. Pensem menos em dinheiro e mais nas pessoas. Já agora se há bancos a falirem num país, num período inferior 10-20 anos, talvez haja algo de errado com área em questão, talvez.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

V(%IVA) a carta de condução


Boa noite,

Hoje decidi ser uma pessoa extremamente informada e ir explorar o site do DN e as suas notícias mais recentes. Ora, estas explorações que eu tendo a fazer nunca são boas por várias razões:

1.Fico fascinada com os descobrimentos e notícias na área das ciências;
2.Fico chocada com notícias estúpidas ou por demais óbvias;
3.Mortes, mortes everywhere!

Desta vez fiquei parva ao aperceber-me quão estúpido este país é. Li uma notícia cujo nome é “Escolas de condução em protesto” publicada no dia 2 de Julho de 2014 em http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4003749. Esta notícia fala de um protesto que as escolas de condução fizeram neste dia e focavam-se especialmente no preço da carta e da criação de um preço mínimo para este serviço de ensino, a suspensão dos cursos para instrutores devido à saturação destes e à defensão que o IVA no sector deveria baixar.

Aposto que muitos de vocês não sabem mas o IVA aplicado para o ensino e obtenção da carta de condução é de 23%. E vocês dizem “E então? Qual é o dilema? Há muitos produtos e serviços por aí com 23% de IVA!”. Bem, a minha resposta a essa vossa constatação não podia ser mais óbvia. Sim é verdade, há muita coisa por aí com 23% de IVA e, se pensarmos bem, tirar a carta não é essencial nem fundamental para a nossa vida. Têm toda a razão! Podemos usar o comboio, autocarro, bicicleta, triciclo e até o metro (que o Barbas já referiu ser um transporte público bastante radical e com “aquecimento interno”).

O problema aqui é o resto da notícia, em que há uma comparação do IVA praticado no ensino do surf ou da equitação, que é de apenas 6%. Vejamos, para andar de carro que é uma coisa que NUNCA precisamos levamos com 23% de IVA e, para algo essencial como fazer surf no mar ou sentar o rabo num cavalo que fazemos TODOS OS DIAS DO RESTO DA NOSSA VIDA, toma lá 6% de IVA. A vida é boa e está tudo certo! O que precisamos mais é mais acessível do que o que é tomado como um desporto ou hobbie

Mas, esperam lá! Quantos de vocês precisam de andar de cavalo ou numa prancha de surf diariamente para ir para os vossos trabalhos? Ups! Costumam usar um carro? Então significa que todos nós pagamos mais por um ensino (com o qual sobrevivemos ser) mais necessário do que quem pratica estes desportos/hobbies/coisas de meninos ricos. AHHH já percebi! No ensino da condução são praticados os 23% de IVA porque podemos querer que a Fórmula 1 seja o nosso hobbie de eleição!

Não sei quanto a vocês, mas eu vou pedir o dinheiro da carta de condução de volta, vou ter aulas de equitação e de surf para depois comprar um cavalo e uma prancha e começar a ir desta forma para a faculdade. Se virem alguém no IC19 no sentido de Lisboa a cavalo, ou numa prancha de surf, sou eu! Há que aproveitar o IVA ser baixo nestes sectores de ensino essenciais e explorar estes meios de transporte ao máximo.

Com isto não digo que o IVA no ensino da condução devesse diminuir, tornando-o banal, pois não é um bem necessário embora seja uma mais valia no nosso futuro, ao contrário de aulas de surf e equitação que em principio não serão uma mais valia no nosso futuro e, embora sejam desporto, são um luxo porque desporto pode ser feito indo correr para a rua. Sendo os dois um luxo que conseguimos viver sem, porque não terem ambos 23%? Se formos a ver ginásios são desporto, equitação e surf são desporto, e enquanto o ginásio tem 23% de IVA os outros dois têm 6% de IVA. Para não variar há incoerência por parte dos nossos governantes.


Jovens, sejam inteligentes e “tirem a carta” de cavalo ou de uma prancha de surf porque a vida está cara e, aparentemente, surf e equitação são mais importantes que saber conduzir um carro.


Decadência televisiva

Televisão,

Boa tarde a todos,

O post que todos esperavam, há muito tempo, acabou de sair. Hoje vou falar da televisão portuguesa. “Sempre polémico este Barbas!” Eu sei, e não há nada mais polémico que a novelação e velherização da televisão nacional. E sei também que corro perigo de vida por falar destes assuntos, mas não se preocupem a minha teimosia e determinação é tal, que sou capaz de cortar diamantes com os abdominais. Não vou falar de canais televisivos, pois não quero deixar essas instituições tristes e a pensar que eu não gosto delas (Coitadinhas das princesas!), visto que cada programa é feito a pensar em mim e na minha felicidade. Mas, como qualquer relação, esta ligação amorosa tinha de se romper algum dia.

Aposto que muitos de vocês ainda se lembram da época em que: 

1. De manhã davam cartoons e séries infantis (ex: Power Rangers);

2. À tarde davam cartoons (durante a semana), uma ou outra novela (durante a semana, depois das noticias), pequenos programas de velhas (durante a semana e eram curtos), séries estrangeiras, programas para rir (ex: Alguns com a Marina Mota, ainda se lembram dela?) e ainda passavam filmes (durante o fim de semana);

3. A noite era espaço de uma novela (às vezes duas), programas para rir (ex: Malucos do Riso, Camilo, Batanetes), filmes;

Alguns, mais jovens que eu, não devem saber do que estou a falar, provavelmente devem achar que sou louco ou que sou um ganda cota. Calma pessoal, eu tenho apenas 23 anos (quase 24), não sou assim tão velho quanto isso. Mas sim, houve um tempo onde a programação dos 4 canais tinha qualidade e abrangia uma larga variedade de faixas etárias. Quem se lembra do “Walker, o Ranger do Texas”? “Knight Rider”? Estou a falar chinês? Perguntem aos vossos pais. Antigamente, ter os 4 canais era o suficiente para ter um dia bem passado em casa, sendo que ter mais canais já era considerado um luxo. Pessoalmente, cresci a ver os Power Rangers, aqueles onde o Ranger verde era um “badass” fortíssimo e não apenas mais um; ou o Dragon Ball, onde um miúdo dava um excerto de porrada a tipos com o triplo da idade (pequena curiosidade, não sei se já repararam, mas o Goku nunca venceu o seu mestre, a Tartaruga Genial). Posso dizer que tenho muitas boas memórias de serões bem passados a ver os 4 canais portugueses.

Atualmente, os programas são:


  1. Das 6 ou 7 da manhã até as 10h - notícias;
  2. Das 10 às 13h - programas para velhas e donas de casa, a falar de moda, comida, quem anda a “comer” quem, mortes;
  3. Das 13 às 14h, mais notícias – política, política, política, futebol, Ronaldo, política
  4. Das 14 às 20h – novelas ou programas para velhos ou donas de casa (sim, mais) 
  5. Das 20h às 21 ou 21h30 - noticias sobre os mesmos assuntos

6. O resto da noite – novelas, novelas, novelas, series e filmes a horas que só os morcegos ou vampiros estão acordados, programas musicais iguais entre si (piada, num país onde a música mais popular é a musica pimba, o rap “di street” e o Kizomba prevalecem), programas de louvor ao degredo (badalhocas, dushbags e sexo)

A televisão sofre evolução para melhor, obviamente. Se quiserem ver atos de sexo ou ouvir conversas de sexo, não precisam de gastar dinheiro nos famosos canais XXX, metam no Big Brother, Casa dos Segredos ou num determinado Você na TV. Qualquer dúvida quanto a posições sexuais ou maneiras de melhorar a sua vida sexual estes programas esclarecem na hora. É engraçado que sempre que passo pelo programa da Casa dos Segredos (tenho um comando oldfashion), vejo tipos musculados e gajas no cio a sentirem “sentimentos” e a praticara à pancada entre eles, como se tivesse aberto a época de reprodução. 

Preciso de falar da música pimba dos velhos? Acho que com letras como “Bonito bonito são os tomates a bater no pito” ou “ eu levo no pacote prá gosto do meu amor” não precisão de explicação: o ridículo que é estar sentado ao pé de filhos/netos ou pais a ouvir e a dançar isto. Os portugueses têm uma estranha fixação com o sexo e com a verbalização de atos sexuais, mas isto será assunto para outro post.

Eu vou enumerar possíveis razões para esta decadência:


  1. População envelhecida, o Passos anda a exportar jovens, portanto com cada vez menos gente nova a ver televisão, tem que se pescar a outros rios; 
  2. Miúdos que em vez de estudarem para terem futuro, passam a vida na rua a fumar charros e a procura de gajos (as) para a prática do coito (outra vez a obsessão pelo sexo);
  3. A nova moda que diz “a vida é para viver ao máximo porque podemos morrer a qualquer momento”. Se passam o dia todo fora de casa na dita “curtição”, obviamente que não vêm televisão;
  4. Dinheiro e dinheiro, aqueles concursos das chamadas do 60 cêntimos mais IVA dá muito dinheirinho e, entretanto, toca a espetar 15 minutos de intervalos para venderem porcaria. Lembram-se de antigamente passarem muitas publicidades de brinquedos? Diminuiu muito a quantidade ao longo dos anos não foi?;
  5. Assistências, com os velhotes e as donas de casa sempre com olhos na televisão a ver programas interessantes como a “Casa dos Segredos” (também falarei disto noutro post), os views de cada canal sobem a pique; 
  6. Crise, com os portugueses a trabalharem 8 horas todos os dias, que tempo tem eles para ver televisão?; 
  7. Internet, dá para ver muita coisa pela internet, o que claro causa também problemas;


A televisão hoje em dia é feita para atrair atenção dos reformados e dos donos de casa, pois são os que passam mais tempo entre 4 paredes.

A nossa televisão tem sofrido um processo de generalização, ou seja, em vez de apostarmos em novas ideias, que possam chamar atenção de um grupo mais vasto de pessoas, optamos por lançar toneladas de novelas (todas iguais), falar exaustivamente de futebol, prelecionar opiniões politicas e copiar reality shows estrangeiros. E, mesmo assim, as escolhas deste último recaem sobre programas ridículos, onde há a hipervalorização de ”machos alfas” e de “fêmeas excitadas”, uma espécie de National Geographic humana. Tem piada, para um povo de muita alegria e simpatia, os programas de comédia passam apenas por um membro isolado dos Gato Fedorento – Ricardo Sobrevalorizado Araújo Pereira -, o canal Q (pago) e o Cinco para a Meia-noite que dá a horas indecentes. Para um país a passar um mal bocado deveria haver programas de comédia, que, já agora, ajudam a desenvolver o intelecto, mas isso já são pormenores sem importância. 

Sem uma televisão de qualidade não a há formação de bons cidadãos, com imaginação, alegria e com capacidade de debaterem diferentes assuntos. Já agora, chega de notícias do Ronaldo, chega! Ele, em título, é considerado o “Melhor Jogador do Mundo”, não é “Deus” ou “Buda”, portanto acalmem o orgulho português. Para terminar, é engraçado naqueles concursos de chamada, o dinheiro sair quase sempre para a zona norte ou o montante limite sair sempre no último dia.



Televisão,

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Finalistas para a vida

Educação,


   Se nasceste nos anos 90 (é melhor jogar pelo seguro), anos 80, foste finalista muito poucas vezes, considera-te um freak porque eu também o sou!

Procurando a definição de finalista no dicionário online Priberam, encontramos os seguintes resultados:

“1. Que ou quem é sectário da finalidade ou admite a existência de uma causa final.

2. Que ou quem frequenta o último ano de qualquer curso.

3. [Desporto] Que ou quem num campeonato consegue classificar-se até chegar às provas finais.”

   Olhando para esta definição e para o atual sistema de ensino, concluo que apenas tirando um curso superior ou um curso específico (profissional/técnico com equivalência a 9º ou 12 ano e humanístico de 12º ano) é que devemos ser considerados finalistas. Cruzando com a minha opinião pessoal sobre este termo, finalistas são pessoas que conseguem prosseguir a sua vida para o mundo do trabalho, sem estar dependentes de mais estudos, ou seja, tendo terminado os estudos obrigatórios ou facultativos.

   Ora, na sociedade de hoje não é, de todo, isto que está a acontecer. As crianças do Pré-Escolar já são consideradas finalistas. A minha grande dúvida é: o que é que as crianças de 5/6 anos têm para ser finalistas? Conseguiram superar o mundo das brincadeiras pedagógicas de modo a poderem prosseguir para o 1º ano? Sem dúvida que conseguiram, mas apelidar crianças desta idade de “finalistas” apenas torna o termo banal, pois todos os períodos de escolaridade têm um fim. Esta banalização apenas fará com que as crianças, e mais tarde adolescentes, se tornem finalistas por várias vezes passando de Pré- Escolar para 1ºCiclo do Ensino Básico temos finalistas, de 1ºCiclo para 2ºCiclo do Ensino Básico temos finalistas, de 3ºCiclo do Ensino Básico para o Ensino Secundário temos finalistas. Terminando o ensino secundário (obrigatório) temos aí os verdadeiros finalistas!

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   Ser finalista é o início de um mundo de novas oportunidades: Oportunidade de estudar por vontade própria ou de seguir para o mundo do trabalho. Bem, se refletirmos um pouco mais sobre a ida para o mundo de trabalho podemos esperar mais cursos gentilmente propostos pelos centros de emprego, ou uns bons aninhos em busca de uma agulha no palheiro, se se for criterioso com a área. 

   Se pensarmos bem, em tempos já fez sentido haver mais finalistas que não os do 12º ano, Secundário ou Curso Superior. Fazia todo o sentido haver finalistas no quarto ano (mais conhecida na altura como quarta classe), quando a escolaridade obrigatória era o quarto ano. Também fazia sentido serem finalistas os jovens 
do 9º ano, quando esta era escolaridade obrigatória. Mas a escolaridade obrigatória hoje em dia é o 12º ano e só ai haverá oportunidades para além da escola, pois foi finalizado (ai está, foi finalizado logo temos finalistas) um curso. 

   Será que faz sentido as gerações a partir de 2000 serem finalistas três ou mais vezes antes de serem realmente finalistas? 

   Ingressar no ensino superior é uma opção (para quem tem possibilidade de financiar as universidades e politécnicos espalhadas pelo país) que nos leva novamente ao fim de um curso. Desta vez um curso específico, numa área em particular, onde se quer trabalhar o resto da vida. Aí há símbolos de final de curso, de um fim que não vai mais existir nunca, da última vez que se será finalista. Temos um traje, uma capa, uma pasta, fitas, cartolas, bengalas entre outras insígnias de finalista dependendo de faculdade. 

   A palavra e o sentido de finalista estão a tornar-se tão banais que temos crianças com capas, emblemas, chapéus e bengalas a serem finalistas do Pré-Escolar ou do 1ºCiclo, segurando na pasta com as fitas assinadas pelos seus colegas. No entanto, ser “finalista” no fim destes períodos de escolaridade nada significa, a não ser muitas fotografias tiradas pelos familiares e a recordação dos seus filhos que foram finalistas quase tantas vezes quantos anos de estudo têm.

Artigo escrito por Iron foxx (convidada)



terça-feira, 24 de junho de 2014

Metro com “aquecimento” interno



Boa tarde a todos,

   Estes tipos do metro de Lisboa são grandes malucos, para quê gastar dinheiro a ir a praia para apanhar bronze, quando podemos apenas incendiar as carruagens e disfrutar de uma boa queimadura de 3º grau, ou até mesmo ter uma viagem à borla perto do Sol. Há quem pense que o Homem Tocha tenha adquirido os seus puderes de fogo numa viagem ao espaço (acontece!), mas cá para mim foi por visitar Lisboa pelo metropolitano (combustões espontâneas são frequentes). Já imaginaram, em vez de o Frodo ter feito aquela viagem toda (os transportes estão caros) para ir a um vulcão destruir o anel de Sauron, bastava ele ir à Baixa beber um copo e fumar um cigarro no metro. Acho que estou a ser demasiado melodramático, o assunto não deve ser tão grave quanto isso, é apenas a segurança de todos aqueles que usam o metro para irem para o trabalho, conhecer ou passear por Lisboa. Morrer não faz mal nenhum, até ouvi dizer que é medicinal, nunca viram um morto doente, pois não?

   Parvoíce à parte, depois da notícia da falta de travões de segurança, o metro decide surpreender com falhas no sistema de extinção de incêndios.

   Metropolitano: “Se acham que andar à velocidade da luz, só com os pés do condutor como travões, badass, então experimentem fazer um Woodstock dentro das carruagens!”

Segurança,


   Tem piada, garantirem que é totalmente seguro andar no metropolitano de Lisboa, quando as medidas básicas de segurança não são cumpridas, é como uma aeronave da NASA estar a despenhar-se e a única medida de segurança é os astronautas saltarem uns segundos antes de se despenharem. A segurança é algo importante e que não devia ser menosprezado por causa de dinheiro, pois o motivo pelo qual estes episódios acontecem deve-se à falta de financiamento por parte do metro. Como não vivemos num pais que facilmente entra em combustão, estas “pequenas” falhas podem ser ignoradas, mas se vivêssemos em Vénus ou nos países que, atualmente, estão em guerra, andávamos todos a passear com as calças em chamas.

   Isto é uma triste situação e que deveria ter se mais conta e não deixar morrer, como apenas mais uma notícia.

Segurança,

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Os sapatos do Povo!



   Há uma coisa que não percebo, que história é esta dos sapatos? Mas será que não havia nada melhor para exportar do nosso país, sem serem os sapatos? Até consigo compreender certas perspectivas: mais trabalho, mais dinheiro, mais…esperem não consigo encontrar mais nada. 

   Bem talvez seja melhor eu explicar o meu ponto de vista, antes que seja mal interpretada. Ora, o nosso país tem muitos produtos de boa qualidade, desde vinhos, a frutos e toda uma variedade de produtos agrícolas de grande qualidade. 
Existem campos que poderiam ser explorados, até porque na verdade temos territórios muito férteis. A nossa situação não é nada bonita, um Hitler feminino que manda em nós, políticos que na verdade até poderão ter boas teorias, mas neste momento não podem ser postas em prática. Cortam em tudo enquanto eles continuam a ganhar o mesmo, mas dizem eles que é para melhorar as finanças do Estado (ainda hoje me tenho a inocência de me perguntar para onde vai todo esse dinheiro), fartam-se de enviar cortiça para entrar mais dinheiro e depois, esta questão dos sapatos, que não servem de nada, porque deles o lucro é quase nulo. 
Fazem mil e uma publicidades em torno dos sapatos portugueses, gastam balúrdios em anúncios publicitários quando, na realidade, esses sapatos “made in Portugal” não estão ao alcance das carteiras da maior partes das nossas “classes”.
Bem, o que quero mesmo frisar é que, os sapatos não nos vão tirar do buraco, desenganem-se, essa não é a “galinha dos ovos de ouro”. Não sei se haverá já alguma desposta a dar ovos de ouro por nós, mas no entanto existem outras fontes de lucro com outro tipo de exportações, seria caso para dizer “porque não vão plantar batatas?”

Cada vez me sinto mais indignada quando vejo este belo slogan:

investimento,

Uma coisa posso garantir, não são os sapatos que me fazem sobreviver!


Artigo escrito por M&M (convidado)


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Um transporte radical


Boa tarde a todos,

   Desde de pequeno que sempre sonhei morrer num acidente radical. Eu num transporte, não interessa qual, a alta velocidade, a quebrar a barreira do som, e de repente um desnivelamento da via faz o transporte alterar a sua rota normal. De seguida, sou projetado do veículo e os meus miolos pintam um lindo quadro numa parede branca e lisa, como uma tela, radical não?

   Óbvio que o cenário que descrevi é ridículo e estupido, tal como a noticia que saiu, recentemente, sobre o metro de Lisboa estar em circulação, á dois anos, sem travões de emergência. Fui subtil? Talvez não, podia ter falado sobre a organização e o profissionalismo da instituição Metropolitano de Lisboa antes de abordar o tema, afinal são travões que nunca são utilizados e é pouco provável que contratem o Michael Schumacher para conduzir o metro.

   Acredito que o metropolitano esteja a fazer de tudo para manter os níveis de segurança em padrões aceitáveis, mas parece me inconcebível demorarem 2 anos a resolver um problema destes e só passado este tempo é que se veio a descobrir que a redução da velocidade do metro se deveu a um problema nos sistema de travagem. É de estranhar a pouca atenção dos média em relação a este assunto, é o pais em que vivemos.



terça-feira, 27 de maio de 2014

Um ato descabido, um final incerto


Boa noite a todos,

   Este último fim-de-semana ficou marcado pela realização das votações para as eleições europeias.

O que há para referenciar? Primeiro a “vitória” do PS de Seguro, que espantou (ninguém), uma abstenção histórica em Portugal, cerca de 66%, e a aquisição de lugares no Parlamento Europeu dos partidos extremistas: 

1. Frente Nacional, extrema-direita de França; 
2. Aurora Dourada, neo-nazis da Grécia;
3. Partido Nacional Democrático, neo-nazis da Alemanha;
4. Partido do Povo Dinamarquês (Dinamarca);
5. Partido dos Finlandeses (Finlândia)
6. Partido da Liberdade, extrema-direita da Holanda;
7. Movimento por uma Hungria Melhor, partido neo-nazi da Hungria;
8. Partido Liberdade Austríaca, ultra-nacionalistas da Áustria;
9. Liga Norte (Itália);

Como podem observar tivemos grandes mudanças no parlamento europeu, este fim-de-semana, e este acontecimento “inesperado” transmite uma grande instabilidade na política destes últimos anos, e promete trazer muita polémica. 

   Comecemos por Portugal, alguém uma vez me disse entre votar em “mal” e “mais mal”, mas vale votar na opção que menor punição trás ao povo, portanto fiquei nada espantado com o resultado. A política portuguesa funciona um pouco como o futebol português, ou são todos do Benfica, do Sporting ou do Porto, portanto a liderança do país ora pertence PS ora PSD, com uma ou outra coligação de vez em quando.

Seguro conseguiu a tão desejada vitória do PS sobre os democratas, não diria por mérito do partido, mas mais graças a uma birra do povo português que votou naquilo que está mais habituado, se a mãe não compra o brinquedo o pai sim. Acredito que muitos não saibam a razão pela qual votaram no Domingo, e quanto aos que não votaram só mostraram grande irresponsabilidade e uma burrice tremenda; aposto que muitos que não foram votar acreditam que o voto em “branco” é o ato de oferecer votos ao partido que está em poder (é um facto esta mentalidade). O direito de votar em governantes e deputados foi um direito adquirido com a implantação da república, se não existisse seríamos nada mais que uma monarquia ou uma ditadura e os cidadãos uns paus mandados, “agricultores” ou “escravos”. Tem piada, muitos louvam o 25 de Abril e as personalidades que morreram para nós sermos livres, mas depois recusarem-se a ir exercer um direito adquirido e representante da nossa liberdade, o voto, por razões que não cabe a um mero idiota:

1. Não me apetece;
2. Estou ocupado;
3. Não acredito nos partidos que concorrem;
4. O que ganho a ir votar;

São alguns exemplos de estupidez que a nossa televisão portuguesa revela sobre o povo, os indivíduos são sempre os mesmos, a faixas etárias também e a escolaridade igualmente. Dizendo isto não quero ofender nenhum dos intervenientes que assinalei anteriormente, cada um tem a sua razão para ter as ideias descabidas que tem, sejam elas boas ou más, mas há limite para a estupidez. Aconselho a pararem de se queixarem como pobres coitadinhos, essa mania de queixar se de tudo e de esperar que os outros façam é o pensamento típico português, o nosso flagelo; e comecem a agir.




   Em relação aos resultados na Europa, é triste saber que os Europeus são ainda muito aliterados, com pensamentos retrógrados de superioridade racial e de nacionalismos doentios do que eu, inicialmente, pensava. Eu compreendo a insatisfação perante a (des)União Europeia e as suas medidas cegas e desapropriadas de criação de emprego e riqueza, mas eleger partidos de extrema que podem ser ainda mais perigosos é uma total irresponsabilidade de uma sociedade do século XXI. Se acham que estes partidos têm as soluções para os problemas então vou apresentar-vos alguns factos, medidas e sugestões de alguns partidos:

1. Vírus do Ébola resolveria o problema da imigração na França em três meses e que as câmaras de gás na II Guerra Mundial foram apenas um pequeno detalhe do regime nazi - Frente Nacional (França);
2. A Europa é um continente de brancos, portanto é preciso acabar com a imigração - Partido Nacional Democrático (Alemanha);
3. Alguns dos membros estão detidos por fazerem parte de organizações criminosas, o líder do partido tem a tatuagem de uma suástica no ombro e também pretendem acabar com a imigração - Aurora Dourada (Grécia);
4. Expulsar os muçulmanos do território nacional e quer proibir a união de casais do mesmo sexo – Partido dos Finlandeses (Finlândia); 

Parece me ilógico que indivíduos com ideias destas tenham direito de sentar-se no Parlamento Europeu, que rege a politica da União e que luta pela manutenção da paz Europeia. Pessoas destas com pensamentos de raças puras, genocídios, ambição de poder, nacionalismos obcecados e ideias neandertais (as minhas desculpas aos cientistas pelo uso do termo, um Neandertal é muito mais inteligente que estes indivíduos) de uma sociedade ideal deveriam ser afastadas do contato político, público e escondidos na sombra, onde ninguém fosse poluído pela mentalidade adoecida e morta destes cidadãos.

   Termino deixando o aviso: a estupidez de agora pode ser a destruição do futuro dos vossos filhos e netos.

Bem, pelo meu relógio são horas de matar...



sexta-feira, 23 de maio de 2014

Perigoso mas pouco






Boa tarde a todos,

   Sinceramente, tenho de deixar de ver televisão enquanto almoço, a quantidade de estupidez que se ouve nas notícias é algo que me deixa embasbacado. As notícias deste último mês têm-se focado no caso de Manuel “Palito” Baltazar e a incompetência da polícia portuguesa em encontrar e capturar este experiente caçador.

   Manuel Baltazar é acusado de matar ex-sogra, a tia e ferir a ex-mulher e a filha de ambos, depois de estar 5 anos a perseguir, doentiamente, a sua ex-companheira. Durante cerca de um mês, Palito esteve foragido á justiça, obrigando a GNR a imobilizar vários agentes para a zona de Valongo dos Azeites, de forma auxiliar os agentes da região na busca e captura do suspeito. Passados 34 dias em fuga, o suspeito foi finalmente capturado (em jeito de desistência do próprio foragido), terminando a onda de “terror” daquela região.

   Muitos esperam que eu faça pouco da extrema incompetência daqueles que são formados e pagos para proteger nós os cidadãos (ainda me conhecem mal), mas na realidade vou expressar a minha opinião sobre aqueles “indivíduos” que aplaudiram e aclamaram esta espécie de homem, na altura em que entrava no tribunal sob a escolta da polícia. Parece me ridículo que pessoas, capazes de raciocinar e com a plena noção da diferença entre o bem e o mal, apareçam na televisão, perante milhares, a saudar um assassino como se tratasse de um herói nacional (um D. Afonso Henriques ou um D. Sebastião), a dizer que teriam todo o gosto de o auxiliar (enquanto esteve me fuga) o foragido ou até mesmo sugerir a construção de uma estátua em sua honra. É triste é muito triste isto. São lamentáveis estas cenas e dão má reputação a nossa sociedade, quem é que no seu perfeito juízo orgulha-se de um individuo que tira a vida a duas pessoas e que inferniza a vida de uma mulher que outra hora o amara. Ainda me custa a perceber o motivo, será porque o ”homem” conseguiu enganar tudo e todos, ridicularizando, inclusive, os nossos agentes da autoridade? Pois bem, se esta foi a razão então tenham vergonha na cara, este ódio, infundado, pela figura da justiça é completamente inconcebível numa sociedade avançada e inteligente, esta padronização do agente como algo demoníaco, perseguidor do pobre e que protege apenas os corruptos é injusta para aqueles que lutam todos os dias, com a sua vida, pela nossa segurança. Estas pessoas que se resplandecem com o feito desta criatura deviam pensar na dor da mulher que durante 5 anos da sua vida foi perseguida e atormentada, e que agora terá de lidar com a perda da sua mãe e irmã. A espectacularização deste caso também foi um dos principais motores deste tipo de manifestação.

   Custa me aceitar que pessoas assim existam, não gostaria de lhes chamar “gente mal formadas”, porque existe pessoas com poucos estudos que são bem mais inteligentes que muitos políticos ou universitários que aparecem nas televisões portuguesas (até estrangeiras), em vez disso opto por chamar “gente estúpida”. Não existe um outro adjetivo mais indicado do que “estúpida”, pois são inconcebíveis atitudes destas no século XXI, muito menos perante crianças ou jovens que serão o futuro de Portugal. Qualquer pessoa na sua fase de crescimento, se for presenteado com atos destes, aceitará aquilo como algo “natural” e no futuro poderá mesmo repetir o ato e por sua vez ensinará aos seus filhos – ciclo da influência adquirida. 

   Se o futuro deste país passar por pessoas como aquelas que aplaudiram o assassino, então Portugal está perdido.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Os Donos de Portugal






Heis um belo documentário que passou pela RTP 2 a uns anos e que todos deveriam ver. Explica muito bem o estatuto dos poderosos em Portugal e as causas que levaram ao estado atual do nosso país



quarta-feira, 7 de maio de 2014

Quartas Feiras musicais ( Rescaldo Eurovisão semi final)

Boas pessoal, hoje a Moustache vai falar sobre o festival da Eurovisão, não é que lhe ache grande piada, mas desperta uma certa curiosidade no que os outros países têm de diferente em relação ao que estamos habituados a ver. Este ano não se viu tanta diversidade como em tempos costumava ser, julgo eu que a maior parte dos países que actuaram ontem recorreram a batidas de dubstep sinfónico, e 90% interpretou as suas músicas em inglês! 

Ora bem se isto é um festival onde devia predominar a diversidade linguística e cultura típica, não se viu. E porquê? Como vivemos na era da globalização fica sempre bem mostrar o que está na moda o que agrada às massas, ou seja a cultura pop a cultura que vai de encontro ao povão!
O festival da Eurovisão é para isso mesmo, desfile de caras bonitas, corpos esbeltos ( na maior parte dos casos) para agradar as vistas de quem vê a ver se conseguem obter votos.

Tendo estes factores todos em cima da mesa, só falta a Mousctache opinar sobre a prestação de Portugal no festival, sejamos francos a música não é das melhores, claro que não é! No entanto poder-se-á admitir que o raio da intro e do refrão fica entranhado até ao tutano do ouvido de tão catchy que é. ( O Emanuel é perito nisso tenho que lhe dar crédito) Mais coisas, o instrumental fugiu a tendência das baladas e musica anglo saxónica que definitivamente são efeitos de aculturação. Sendo portanto este com batidas tipicamente latinas e acima de tudo cantada em português coisa que pelo que se consta de 37 países apenas 4 cantam na sua língua materna ( a contar com a Inglaterra).

 Resumindo e concluindo, a Moustache sente saudades da Eurovisão do tempo dos Lordi em 2006 foram sem duvida revolucionários trouxeram o impensável aquele festival, heavy metal e visual monstruoso, em 2008 a Espanha resolveu troçar do proprio festival através de uma personagem humuristica que frisou que para se cantar nesse festival nao é preciso ser se bonito nem ter grande talento a nivel vocal, se existir um cenário de apoio como bailarinas chamativas e uma musica catchy passa. 

Se este festival fosse levado a sério a forma de avaliação dos concorrentes e tambem o tipo de musica que poderia concorrer seria mais diversificado e com qualidade que actualmente apresenta défices muito grandes. A Moustache deixa aqui o video dos Lordi  em 2006 e Nightwish em 2000 em que as suas prestações poderiam ser exemplos de modelos a seguir no que toca a qualidade e lufadas de ar fresco.