quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quartas Sonoras

Olá malta!

Ultimamente a Moustache tem andado um bocado ocupada com os estudos fim de semestre, época de exames enfim uma data de coisas que teve de fazer para ter sucesso nas unidades curriculares. Mas agora que para já não tem compromissos a nível de trabalhos e frequências e até tem um horário simpático, em vez de a rubrica das terças musicais serem à terça-feira são à quarta-feira. Esta semana resolvi falar sobre os Linda Martini, banda portuguesa oriunda de Lisboa, dizem que são os Sonic Youth de Portugal, devido a sua sonoridade se assemelhar à deles.


 Com 3 álbuns editados os Linda Martini vieram para ficar, celebraram 10 anos de carreira no passado dia 6 de Outubro de 2013, em que deram um concerto memorável no Hard Club no Porto, fizeram as delicias dos fãs com os riffs e instrumentais potentes durante a sua actuação e o inesperado aconteceu quando o público cantou em uníssono a canção 100 metros sereia como forma de ovação aos Linda Martini e a pedir por mais. Mais uma vez saciaram a sede do adorado público, felicitando pelo apoio e carinho e que voltariam em breve para partir aquilo tudo novamente. 


Conheci os Linda Martini através do single Amor Combate em 2009 imediatamente fiquei admiradora da banda, cerca de 2 anos depois tive oportunidade de vê-los ao vivo pela primeira vez na minha cidade natal, a casa não estava cheia mas o público que esteve presente, soube apreciar aqueles momentos, em que a música tocada por eles transportava para outra dimensão. Com aquela sensação foi me impossível não ter criado laços de afinidade maior pela banda, é como se já fizesse parte de mim, as suas letras tanto falam de como a vida é efémera (“Partir para ficar”) mas também devemos aproveitar cada momento que a vida nos proporciona (“Juventude Sónica”), e em que não deixem nos dominar quando os obstáculos parecem querer-nos esmagar. Caso contrário “Os Ratos vão-me devorar!”.

Para finalizar deixo aqui uma pequena playlist da banda para quem quiser explorar.



terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O Talento da Amoreira


Bom dia a todos,

  A 18 de Fevereiro no site da Record foi publicado um artigo do Barbas sobre uma das grandes revelações do nosso campeonato, o treinador Marco Silva do Grupo Desportivo Estoril Praia. Acompanhando o Estoril desde a segunda liga, o Barbas achou que deveria enaltecer o trabalhar árduo e ímpar que este "menino" do Futebol está a realizar no Histórico Estoril Praia.

  Espero que gostem do artigo.

Cumprimentos,

Futebol,
Artigo aqui


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Mensagem de Pessoa a Pessoa



NEVOEIRO 

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...


É a Hora!

Muitos reconhecem este poema da famosa obra de Fernando Pessoa, a Mensagem publicado em 1934. Será Pessoa um Nostradamus português? Recentemente, conclui a leitura desta obra e fiquei estupefacto com o quão Portugal de Pessoa se assemelha a Portugal de Barbas. O Barbas é um orgulhoso português, filho de D. Afonso Henriques (como toda a nação), que se entristece pela degradação, tristeza e submissão deste país conquistador. Tal como Pessoa esperava pela salvação eterna de Portugal, o Barbas também o espera.


D. SEBASTIÃO (Terceira Parte - O Encoberto)

Sperae! Cahi no areal e na hora adversa
Que Deus concede aos seu
Para o intervallo em que esteja a alma immersa  
Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura,
É Esse que regressarei.


Deixo-vos com os versos que mais me marcaram no meu tempo de Liceu:

"Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?"




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Terças-Feriras Sonoras 2



  Boa noite a todos, hoje esta rúbrica será feita por mim, a pedido da Moustache. Ela tem andado ocupada, mas promete regressar em breve. Hoje vou falar de uma música que, para mim, é um grande clássico do género Heavy Metal e , por alguma razão, muito subvalorizado.

  "Beyond the Realms of Death" é uma música composta pela banda britânica Judas Priest para o álbum Staind Class (1978). Esta música é uma obra de arte musical, uma combinação perfeita de um ritmo calmo e triste com um ritmo forte e agressivo; sente-se a paixão e o sentimento em cada verso e apresenta os solos mais bonitos que alguma vez ouvi.



 



  A música aborda dois temas obscuros e muito atuais, a depressão e o suicídio. A música conta-nos a história de um individuo que sente perdido, alguém deprimido e ressentido do mundo que o rodeia; um mundo cruel, opressivo e pecador. A sua mente é o seu único abrigo e liberdade. A certo momento, esta personagem larga um sorriso confiante e objetivo, e inesperadamente falece. A música dá-nos a entender que perante tão grande tristeza, o individuo terá cometido suicídio.


  Porque escolhi esta música? Para além das razões que já abordei, é uma música que aborda um tema cada vez tendencioso nestes pais em crise. Cada vez há mais pessoas deprimidas, que se sentem abandonadas e perdidas, como se todos os dias fossem iguais; mais solidão, mais tristeza e mais sofrimento. Muitas vezes conseguimos ajudar, mas outras vezes as depressões terminam em grandes tragédias. 

  



Estejam sempre atentos os sinais…







segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Obrigado Portugal

    

  
   Boa noite a todos, quando oiço pessoas de barriga cheia, dois a três carros e uma casa de quatro paredes, penso o que diria o Zé Avenida “Não como nada há três dias e estou cheio de frio!”. É difícil perceber os outros, como o Zé Avenida, quando a nossa vida é a coisa mais importante do mundo e quando na nossa cabeça o paidios é todo o nosso pensamento. Idolatramo-nos como Deuses e desprezamos o mortal ignóbil. “Quase 5% dos sem-abrigo de Lisboa são licenciados”, e imagino que daqui a uns anos o meu País fará um outro estudo sobre os meros mortais e, possivelmente, eu estarei entre eles. Eu, filho de D. Afonso Henriques (não filho de Deus) com um rato assado na mão a petiscar, depois de três dias de fome, com o frio de azulejo e a olhar para os paidios que passam por mim com toda a sua excelência e magnificência. Nesse momento vou agradecer Portugal, por ajudar estes coitados a comprar os seus mercedes, por ofereceres trabalho a pobres milionários e, mais importante, agradecer a sua dedicação aos nossos senhorios. Obrigado!







domingo, 16 de fevereiro de 2014

Frase da Semana


  

"The defects and faults of the mind are like wounds in the body. After all imaginable care has been taken to heal them up, still there will be a scar left behind."   
                                                                 Francois de la Roche Foucauld (1613-1680)





domingo, 9 de fevereiro de 2014

Parvoice Histórica

http://novotempo.com/amiltonmenezes/files/2011/06/075-alexandre-o-grande.jpg


O que acontece quando se tenta dizer "O paidion" (oh my son) e sai "O paidios" (oh, son of Zeus).


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5biqUVP643XnMzmXi-tjrKyNrHFGHGI4U7fGQVp_lKK1-PuDofrJpHsLdHJSnUhqi34_KI1UsNE0tHTgZjwomsT0VZMjovNusQIUHBNVCX_tsGcysJdBMOKk-8QOvOatxzXX0OW0p-H0/s1600/Alexander_the_Great.jpg Alexandre Magno (356 a.C.-323 a.C.)



sábado, 8 de fevereiro de 2014

Frase da Semana




         
"We are so accustomed to disguise ourselves to others that in the end we become disguised to ourselves."
                      Francois de La Rochefoucauld (1613-1680)


http://www.greatthoughtstreasury.com/sites/default/files/Fran%25C3%25A7ois%2Bde%2BLa%2BRochefoucauld%2Bsepia%5B1%5D.jpg

Tenho o direito a ter um Cérebro Funcional




 http://bibliblogue.files.wordpress.com/2013/01/cartoon-computer-brain.png


Boa noite a todos,    
    
             Este será o ultimo post referente a praxes, pois o assunto já tomou proporções ridículas e a quantidade de parvoíce que tem sido dita na televisão e nas redes sociais, tem-se tornado muito incomodativa e atrevo-me a dizer muito, mas muito, estúpida,
            Recentemente, vi um vídeo onde caloiros e praxantes defendiam a praxe, e tinha como título "Temos o direito de ser humilhados". Como podem imaginar, fiquei estupefacto quando vi o título e até por momentos achei que era um vídeo humorístico….estava tão enganado!!
Vou ser muito sincero, este vídeo foi a coisa mais estupida que ouvi até hoje (tenho 23 portanto ainda ouvirem pior), entre dançar o Minha xuxa e ver este vídeo outra vez, eu digo-vos: Colunas no máximo!!!!!
Algumas das coisas que foram ditas:
1.      “Integração é um efeito secundário.”,
2.      “humilhação na praxe é preparação para o futuro”,
3.      “humilhação na praxe tem como objetivo criar um inimigo comum para os caloiros e para que eles se interliguem”,
4.      “quando baixava a cabeça (durante as humilhações) trocava olhar com o colega de lado e criava uma ligação”,
5.      “a praxe ensina-nos que todos nós temos o direito a sermos humilhados”
Depois de todas estas lindas demostrações de amor pela praxe uma caloira, calorosamente, diz “Eu amo a praxe” e depois ouve-se muitas palmas.


http://www.cienciahoje.pt/files/58/58279.jpg
 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn7BGe5IXRYPCKahtkG6V3oOfa6elC1Rrs6YLkE58DciSic4ulBseSNkP0P7AJOPhE9EY7QeeBM-o5mSJHjG6qHDWzSYLuQmk0owErZ3VsLnex71lipXs_IE_pcLZuPpjldtX97Nv8hBA/s1600/3001468684_9226eb7368.jpg 
             Sinceramente não sei o que dizer a isto, ou esta gente toda caiu quando eram pequenos ou beberam muito álcool quando eram fetos, se tal é possível (Frase pretence a Nostalgia Critic). A humilhação é mecanismo que serve para aumentar o estatuto de individuo ou de um grupo de indivíduos perante outros grupos, algo que era muito utilizado na antiga Roma pelos Imperadores, para mostrarem o seu estatuto e causar medo a todos aqueles que se atrevessem a rebelar. Uma coisa interessante que podem não saber, Calígula (Imperador Romana) costumava cortar as mãos a todos aqueles que fossem capturados e acusados de roubo e depois exibia-os ao seu senado para que todos percebessem o quão cruel ele pode ser. Agora eu pergunto, vocês vão cortar as mãos aos caloiros que roubarem alguma coisa, para que no futuro não roubem nada? Vão cruxificar caloiros, para que outros caloiros vos odeiem e criei relações entre eles? Vocês vão bater-lhes com paus, para eles perceberem que no futuro há probabilidade de andarem a porrada com alguém? Última pergunta, vocês são otários?
Se querem ser humilhados, simular sexo, mergulhar em fluxos de água urbanos que podem ter vermes perigosos ou fazer atividades que põem a vossa saúde física e psicológica em risco, estejam a vontade, existe por ai muitos locais onde se pratica o sadomasoquismo, agora não chamem praxe a isso. E os senhores praxantes que realizam este tipo de atividades devem ter sérios problemas familiares, pouca autoestima ou falta de amor, porque ninguém no sou perfeito juízo faz essas coisas.
Custa me acreditar que pessoas como estas existem, e custa me ainda mais acreditar que existe caloiros otários que não sabem dizer não. Querem se integrar, criar relações, fazer amigos ou fazer namorados, deixo uma dica:
“Olá, sou o/a Manuel/a e sou novo/a aqui, és daqui? És de que curso? Isto parece ser uma boa faculdade/universidade!”
 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkX4QQOw-Jqjjv1lHdHO7zH_ULWTqN2-rMZoZmBJ_uOy1icXyw0qwi3A9JDCKZNFE1Zx7Cre0Ku9TC6hmKi4y4P9j0-bu4yCuO4VjaHjPngkH9dryhQ3nepOpmNDXYMLOmF0SVmNYa2WA/s1600/integra%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg http://www.imgion.com/images/01/Two-People-Hello-Hi.jpg
 
Comuniquem, esforcem-se, sigam as boas praxes, saibam dizer não seus camelos, a vida não é humilhação, tu no futuro não te vais humilhar, vais lutar, vais acreditar, vais sonhar e se tiveres de receber ordens é porque sabes quem está a mandar sabe o que está a fazer e é para isso que lhe pagam. Não queiras logo mandar, tens de primeiro aprender com quem sabe, e a praxe na realidade é isso, é aprender com quem já está lá a mais tempo, quem conhece a casa, quem aprendeu com os outros e que também já cometeu erros, Isso é a vida e para alguns a praxe é isso, para mim é isso. Faz jogos, faz flexões, canta, ri e sente o afeto da camaradagem. Mas pelo amor de todo o que é lógico na vida não faças nada de que não queiras só para te integrares, isso não é vida isso é escravatura e poder soberano.
  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2SdusYYKuopJhVwe8_B-nxp0H3pAqxlija8QWhte249RulcEJZ3HzEG1PQfikTzl8gPQt4Dx3bWQbZjmBgRa-1dMIUa-t53-xMEUCfoX7mYA5fQoY3xKlOeS2CYv6wFA0s9TlPi1GY8Lp/s320/Praxe+004.jpg
 


 PS: Qualquer imagem postada sobre pessoas durante a praxe são retiradas do google images, não há qualquer ligação com as pessoas e/ou curso. Servem apenas para representar uma ideia

Este é o tal video que estava a falar.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Há uma linha que separa a praxe de quem praxa

Discurso de Praxe
Boa noite a todos,
Semanas e mais semanas do mesmo assunto, praxes e a tragédia do Meco. O que já é hábito português, vamos generalizar tudo, pois vende muitos jornais e traz muita audiência.
Percebo que a probabilidade de este caso tenha acontecido por um possível ritual de praxe e da extrema estupidez de pessoas que não sabem perceber que há certas ações que têm limites e consequências imprevisíveis. Com este post não venho atacar nem defender a praxe, venho, por outro lado, tentar fazer perceber que uma moeda tem duas faces, ou seja uma praxe por ser má num curso (varia com os cursos) ou instituição (também varia) nem implica que seja má em todos os cursos ou instituições.
O que acho que poderia ser discutido é facto de haver pessoas obcecadas com as praxes, pessoas que perdem anos escolares a fio para ganharem estatutos nas comissões da praxe, pessoas que transformam algo que no inicio do conceito de “praxe” provavelmente era divertido, mas que atualmente, para certos cursos, é um atuo de humilhação e de superiorização de alguns indivíduos envolvidos na sua realização. Sabiam que os gorilas machos alfa impõe a sua superioridade através vocalizações e demostrações de agressividade? Soa familiar? Deixo á vossa interpretação.
O acontecimento na praia do Meco, foi algo triste e que marcará os familiares das vítimas até o final das suas vidas, mas foi também algo poderia ter sido evitado e que uma estupidez incompreensível de pessoas que pensam que têm o mundo a suas mãos e que a vida é para viver ao extremo.

Espero que eles de facto estejam num sitio melhor, mas sei, certamente, que tal como a moeda tem duas faces, a família deles estarão a sentir-se como se o inferno fosse a sua nova habitação. Meninos antes de se atirarem para qualquer coisa “fixe”, pensem que durante 9 meses o vosso coração batia uníssono com de outra pessoa e que  quem luta pela família chora, deprime, falece com a perda dela.


Há uma linha que separa a praxe de quem a praxa

Ultimamente não se fala de outra coisa , que não seja mencionada a palavra praxe. 

Creio que não me lembro de ser bombardeada com esse termo nem mesmo no tempo, em que fui caloira. Tudo isto derivado ao que aconteceu em meados de Dezembro do ano passado, que sinceramente lamento muito mas mesmo muito , o que aconteceu aqueles estudantes que as suas vidas foram ceifadas sem dó nem piedade. A única coisa que se sabe concretamente é que aquelas vidas jamais poderão ser recuperadas. Quanto ao fim de semana que hipoteticamente se fala que estariam sob ritual de praxe e o que chegou à opinião pública, parece que a comunicação social acabou de lançar um verdadeiro monstro pior que o bicho papão! E que monstro é esse? É o monstro denominado de praxe! Generalizou-se por causa das praxes mal planeadas nalgumas academias.


 Em que os responsáveis dessas mesmas academias, não souberam pensar racionalmente ou ate mesmo impor limites. Não sei qual é o código de praxe que se regem, mas creio que qualquer código de alguma organização tem de ter por base o código civil. Quando não é assim algo está muito mal.  Por isso  quero frisar isto muito bem o problema não esta na praxe mas sim das pessoas que estão à frente dela.
 Como em tudo na vida existe pessoas que são capazes de fazer as coisas como devem ser e tem bom senso e outras não. Tudo tem a ver com os valores que foram transmitidos.

Sendo estes escassos a corrente tende a deteriorar-se e esse é o verdadeiro problema, que levou a que este enredo se tornasse tão negro e posteriormente pusesse-se em causa as actividades praxistas. Dizem eles como actos bárbaros, equiparados como já alguns “ilustres” dizerem que é o neonazismo instalado no ensino superior à vista de todos, ou até mesmo de bullying. Mas espera então quer dizer que. por causa de meia dúzia de “apanhados e com a mania que são todos poderosos” que todas as academias são assim!? Que todas elas poem em causa a integridade física e moral de, quem queira fazer parte da praxe?
 Primeiro ponto discordo totalmente que seja comparado a bullying porque só é praxado quem quer e não é obrigado a nada que seja contra os seus valores.
               
         Segundo se não quiser participar não vai ser menos que os outros colegas, ninguém o vai massacrar ou perseguir por se declarar anti praxe. 

Terceiro como acima referi existe o chamado código de praxe que este está acima de qualquer membro superior hierárquico e o manual de defesa do caloiro ou do praxante qualquer coisa que seja feito contra o código é de imediato comunicado ao Almirante Mor ( Dux) para que posteriormente tome as devidas providencias cautelares sobre o assunto.
               
                No tempo que fui praxada não vai assim há tanto tempo( cerca de 2 anos), eu tomei a iniciativa de ser praxada não foram os mauzões vestidos de negro que me vieram caçar eu fui ter directamente aos predadores! E o que me fizeram? Humilharam-me? Massacraram-me? Nada disso! Falaram comigo tal como as pessoas civilizadas fazem convidaram-me a comparecer a uma praxe expliquei que só poderia ir no fim de trabalhar ou no fim das aulas, não meteram qualquer entrave. Experimentei, não me fizeram nada de mal. A minha experiência enquanto caloira foi  melhor do que estava a espera conheci colegas de curso que, o mais provável não os ia conhecer se não fosse a praxe, pois estaria limitada a minha turma.

                Através dela os laços de união entre os meus colegas como sendo um todo, foram fortalecidos. Quem me praxou disse muitas vezes que o traje académico não era sinónimo de medo, mas sim de respeito por quem tem mais experiência e de alguém amigo que estava lá para nos dar apoio quando mais precisássemos. Houve momentos que eu não tinha como ir para casa, (eu e muitos colegas) o que se fazia no fim de cada praxe garantia-se que ninguém ia sozinho para casa, em última estância um doutor acompanhava os caloiros a casa. Posteriormente como já tinha mais afinidade com os meus colegas já ia com eles para casa, era como se fossemos família.

                 Não entendo porque querem acabar com algo que me fez tão bem, fui submetida a esforços físicos? Fui, mas se calhar se não fosse isso eu hoje não sabia fazer uma flexão em condições é bom para o dia a dia o exercício físico é importante para a nossa saúde e bem estar, as mistela que levei pela cabeça abaixo? Faria tudo de novo, tudo! Há coisas piores na vida que besuntar com mistelas ou fazer ene flexões.
 O que aprendi no fim disto tudo? Que se calhar eu sou mais forte do que aquilo eu imaginava e que se fui capaz de enfrentar os meus medos; mostrar a minha personalidade porque fui tratada da mesma forma que os meus colegas. Estou capaz de num futuro próximo levar estes ensinamentos como experiências que ajudaram a ser o que sou hoje. Gostava que esta polémica (que já me cansa), fossem também pesquisar o lado bom da praxe que generalizar tudo como uma podridão e estupidez humana, por causa de um acidente, que podia ser evitado é verdade, mas como o próprio título diz há uma linha que separa a praxe de quem praxa.

OBS: Futuros caloiros que estão a ler isto, aconselho que durante o periodo que são praxados conheçam bem os códigos de praxe da vossa acacemia, é o manual essencial, tem tudo descrito do que é permitido ou não é permitido nas actividades praxísticas.

Frase da Semana


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"Try again, fail again. Fail better,"
                                           Samuel Beckett (1906-1989)


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVH4EfkQGER7kQNQ1hFkY0E1eUyLF9P39ZIprCcgtg70JQBqvXexFor568hiHTtv0dszlt4sVsABKJPfWnlrP6kU8zsUF_5zGgp7WDrwBJEhVt9i6rmY1uJyb02cauoGEjq2DxY4cxIAo/s1600/beckett+1.jpg